Tuesday, July 31, 2007

Diário Oficial da União publica os gastos do Planalto

Quando recebi as informações, fui verificar se de fato procedia. E por incrível que pareça numa pequena pesquisa no google você perceberá inúmeros destes relatos. De duas uma, ou estão todos estes que publicaram a matéria mentindo ou esta matéria é fato e uma vergonha terrível, incalculável e fétida para cada um de nós. Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajuda em primeiro lugar viver em retidão nas pequenas coisas, em segundo, aprender a protestar. (se alguém tiver uma maneira de protestar por favor me envie).

Está no Diário Oficial da União, com número de licitação e tudo:

DESPESAS DO GABINETE PRESIDENCIAL
1995 - FHC - R$ 38,4 milhões.
2003 - Lula - R$ 318,6 milhões.
2004 - Lula - R$ 372,8 milhões (R$ 1,5 milhões por dia útil de trabalho).

Quer mais? NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS NO PALÁCIO DO PLANALTO
Itamar Franco - 1,8 mil FHC - 1,1 mil Lula - 3,3 mil
PS: No Palácio da Alvorada, existem 75 empregados. O ano passado Lula
assinou um decreto, de número 5.087, aumentando de 27 para 55 seus
assessores especiais diretos.

O processo de licitação de número 00140.000226/2003-67,
publicado no Diário Oficial da União, previu
a compra de 149 itens para o Palácio. Constam:

- sete toneladas de açúcar; - duas toneladas e meia de arroz;
- 400 latas de azeitona; - 600 quilos de bombons;
- 800 latas de castanhas de caju; - 900 latas de leite condensado...

O pior é que pelo prazo da licitação,tudo deverá
ser consumido em 120 dias... Constam ainda:

- dois mil vidros de pimenta; - dois mil e quinhentos rolos de papel alumínio;
- quatrocentos vidros de vinagre; - quatrocentos e sessenta pacotes de sal grosso e
- seis mil barras de chocolate.

Com uma calculadora, você concluirá que
os Inácio da Silva consome por dia:

- 58 quilos de açúcar (ou dona Marisa faz muito bolo
ou Lula toma muita caipirinha...);
- 22 quilos de arroz;
- 50 barras de chocolate;
- 15 vidros de pimenta...pimenta???

Como a repercussão dessa compra foi negativa, Lula da Silva mandou
tirar do site oficial do governo o processo de licitação,
que já havia sido publicado na edição número 463 do Diário Oficial.

O Gabinete da Presidência comprou um pouco
de tudo para beber. Entre os itens:

- 129 mil litros de água mineral (consumo:mais de mil litros por dia);
- duas mil latas de cerveja;
- 35 mil latas de refrigerante;
- 1344 garrafas de sucos naturais;
- 610 garrafas de vinho (consumo de cinco por dia);
- 50 garrafas de licor.

A sede dos deslumbrados vai além, mesmo com muita gente
morrendo por falta de água no sertão, que Lula diz conhecer bem.
Em outra licitação,(00140.000228 /2003-56),
o Presidente, que devia ser exemplo, mandou comprar para seu Palácio:-

- 495 litros de suco de uva;
- 390 litros de suco de acerola;
- o mesmo tanto de suco de maracujá, laranja, tangerina e manga.

Outra compra diz a respeito a 2.250 quilos de pó de café.
Numa conta simples, este valor resulta em 2145 cafezinhos por dia.
Desse jeito Lula da Silva vai acabar perdendo o sono.

A farra não termina por aqui. Numa outra compra (00140.000126/2003-31)
Lula prova que é bom de estômago:

- três toneladas e meia de batata:
- duas mil dúzias de ovos; - duas toneladas de cebola e
- uma tonelada de alho porró. Na mesma compra tem mais:
- 2400 abacaxis; - uma tonelada e meia de banana;
- outro tanto de ameixa e ainda - uma tonelada de caqui.

Pelo que se entende de outra compra (00140.000227/2003-10),
dona Marisa Letícia anda cozinhando pra fora, servindo marmita.
Foram comprados para serem consumidos em 120 dias:

- dez botijões de gás de dois quilos; - 170 botijões de 13 quilos;
- 20 cilindros de 45 quilos e mais - 45 toneladas de gás a granel.
(Continha simples: 24 botijões por dia consumidos)

Quer mais farra? Então aqui vai com o que mais
o gabinete da presidência mandou comprar:

- dois mil CDs para gravação, com as respectivas caixinhas, e
- 20 mil disquetes.. Estaria Lula montando uma gravadora pirata?

E alguém tem idéia de quanto se paga
de roupa lavada no Palácio, em 120 dias?

- 54 toneladas - ou 13 toneladas e meia por mês, ou ainda, 450 quilos de
roupa por dia.

Apesar da lavanderia, o DO aponta outra compra,
curiosa, a de número 00140.000143/2003-78:
- 300 colchas; - 330 lençóis; - 300 fronhas;
- 50 travesseiros; - 66 cobertores; - 15 roupões;
- 20 jogos de toalha; - 20 toalhas de banho e - 120 colchões

Quando o novo Presidente chegou, o Gabinete comprou:

- dois fogões; - duas cafeteiras; - quarto fornos de microondas;
- quatro geladeiras; - oito ventiladores; - seis aparelhos de ar condicionado;
- dois bebedouros; - sete televisores; - dois aparelhos de CDs;
- três liquidificadores; - uma sanduicheira; - um frigobar.
Se quiser mais, confira: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3398

Wednesday, July 25, 2007

CARTA AOS PARLAMENTARES BRASILEIROS

Série Protestos

(Este texto será entregue juntamente com os lenços da última manifestação do Rio de Paz, a todos os parlamentares brasileiros, no dia 05 de junho de 2007, às 15h, no Salão Verde do Congresso Nacional, em Brasília.) Veja as fotos da entrega desta carta

COALIZÃO PARLAMENTAR E DA SOCIEDADE CIVIL CONTRA O CRIME

“Essa foi uma época em que toda a Inglaterra trabalhou e se esforçou até o limite máximo e esteve mais unida do que nunca. Homens e mulheres esfalfavam-se nos tornos e máquinas das fábricas até caírem no chão, exaustos, e terem de ser arrastados para longe e mandados para casa, enquanto seus lugares eram ocupados por outros que já haviam chegado antes da hora... o sentimento de medo parecia ausente do povo, e seus representantes no parlamento não ficaram aquém deste estado de ânimo... muitíssima gente se mostrava decidida a vencer ou morrer”.

O relato acima foi feito pelo primeiro-ministro britânico Winston Churchill logo após o término da Segunda Guerra Mundial. Com profunda gratidão pela bravura do povo inglês, num período em que a Inglaterra encontrava-se solitária na resistência ao Nazismo, o grande estadista lembra-se daqueles dias em que sua pátria foi salva pelo suor, união e coragem do seu próprio povo e do seu parlamento.

Não resta dúvida de que o nosso país carece de uma mobilização desta natureza por parte da sociedade civil e do parlamento brasileiro. Estamos assistindo, nesses últimos anos, no Brasil, a um verdadeiro genocídio. Milhares de brasileiros estão sendo mortos anualmente numa escalada sem paralelo entre as nações do mundo moderno. São 41.000 assassinatos por ano, num contexto de milhares de desaparecidos. Só no Rio de Janeiro, em 2007, já foram mortos 2.000 seres humanos, numa média mensal de 300 desaparecidos. Sabemos que a situação não é diferente nos demais Estados da federação que, infelizmente, com a exceção de uns poucos, não mantêm as estatísticas oficiais da violência atualizadas.

Qualquer análise comparativa mostra que somos os líderes em criminalidade no mundo. Recentemente, a revista Veja publicou, numa reportagem especial sobre a criminalidade no Brasil, dados assustadores e humilhantes para a nossa nação. Com base em informações do Ministério da Justiça do Brasil (2005), ONU (2002-2004) e governo da Itália (2005), a referida revista apresentou os seguintes números: Para cada grupo de 100.000 pessoas, 5,6 são assassinadas por ano nos Estados Unidos, 1 na Itália, 13 no México e 1,7 no Chile. No Brasil, este número chega à surreal estatística de 22,2 assassinatos por ano.

Não há necessidade social maior no Brasil de hoje do que uma ação radical do poder público, em parceria com a sociedade civil, no campo da segurança pública. Milhares de famílias brasileiras estão de luto. Basta multiplicar cada morte pelo número de familiares das vítimas de homicídio para dimensionar a extensão da dor. É a vida que se foi e a vida que ficou. A vida que foi interrompida e a vida que foi marcada para sempre. Em suma, os milhares que deixaram de viver e os milhares que não sabem o que fazer para encontrar sentido na vida. Até quando a democracia brasileira suportará tudo isso? O povo brasileiro tem expressado menosprezo pela sua pátria e dúvida quanto à viabilidade da democracia. A democracia, infelizmente, não é mais um valor inegociável no coração de muitos cidadãos brasileiros. Isto precisa ser dito. Qual cidadão desse país nunca ouviu alguém falar: “no tempo da ditadura militar não era assim”, “o Brasil só funciona com ditadura”? O brasileiro está começando a raciocinar da seguinte forma: entre o valor da vida e o valor da liberdade, é preferível a vida, pois não há sentido em se falar sobre liberdade sem que o direito à vida esteja assegurado. Isto é trágico, pois a vida e a liberdade são valores indispensáveis para obtenção da felicidade humana.

O que nos levou a conviver pacificamente com a morte de tantos compatriotas? Será que um dia não haveremos de nos envergonhar de termos feito parte de uma geração de brasileiros que não se indignou com tudo isto e tratou de fazer algo de concreto? Será que as gerações futuras de brasileiros não se envergonharão da nossa geração tal como o povo alemão se envergonha dos seus pais, que conviveram com o Nazismo? O pastor Martin Luther King descreveria muito bem o que deve nos surpreender tanto quanto a prática indiscriminada do crime no Brasil: “Não me surpreendo com o grito dos maus, mas sim com o silêncio dos bons".

Povos do passado, unidos, venceram conflitos mais graves do que os nossos. Nós, brasileiros, estamos diante da possibilidade de fazer correr pelo mundo inteiro a notícia de que a batalha contra o crime no nosso país foi vencida por um povo que, ao lado do seu parlamento, tratou de fazer custar caro o sangue do brasileiro.

Antonio Carlos Costa
Rio de Paz.

Saturday, July 21, 2007

POR QUE NÃO CONTINUAMOS ....?

SÉRIE GRUPO FAMILIAR
Rev. Heliel Carvalho

É fácil observar a naturalidade que nascem alguns projetos. Os grupos familiares são um exemplo disso. Normalmente os chamamos também de grupos pequenos, reuniões nos lares, células, grupos de comunhão. Nesta reflexão não estou preocupado com a nomenclatura, quero pensar na benção da reunião de pequenos grupos de pessoas para vivenciar a Palavra. Seja para evangelismo, discipulado ou mesmo para o culto a Deus na família, a conhecida e por vezes esquecida reunião no lar, ou culto doméstico. Especialmente, lembro-me de algumas doces experiências quando ainda criança na Igreja Presbiteriana na cidade de Cristina-MG. Igreja esta com aproximadamente 60 membros. Nos meses de maio de cada ano, a igreja realizava reuniões nos lares todos os dias de determinada semana. Não havia nada de especial naquela reunião, não havia uma estratégia específica, um preparo de liderança, mas mesmo assim, era uma alegria aqueles momentos. A própria igreja parecia ficar mais viva. Os membros tinham uma comunhão intensa, devido a intimidade que proporciona o lar. Andávamos pelas ruas alegres. Havia uma integração entre crianças, adolescentes, jovens, anciões e senhoras, mesmo sendo poucos, e, talvez por isso mesmo. O calor do lar, as experiências trocadas, as brincadeiras daqueles irmãos mais extrovertidos e o lanche gostoso. Não era difícil ir para esta reunião, na verdade esperávamos ansiosos este momento, eu pelo menos.
Mais tarde, lendo a história de igrejas como a Presbiteriana Pioneira de Anápolis-GO, Terceira Presbiteriana de Itajubá-MG, Igreja Presbiteriana Ebenézer em Itajubá-MG, Igreja Presbiteriana de Apiaí-SP, vemos como estas no seu início utilizaram e incentivaram os lares tanto para o culto doméstico, família consangüínea, quando para grupos familiares, família da fé. Além destas leituras já ouvi inúmeras histórias de igrejas que nasceram nos lares: Igreja Presbiteriana de Praia Grande-SP, uma igreja da Assembléia de Deus ministério de Anápolis que floresceu no Japão, através de um casal. Esta nasceu num lar, fruto de um membro desta que foi trabalhar naquele País. Na verdade, poderíamos, eu e você, enumerar histórias e mais histórias de igrejas que assim nasceram.
O mais interessante é que se voltarmos ao cristianismo primitivo leremos os mesmos relatos, ou seja, as casas sendo amplamente usadas por Jesus e sua igreja. O livro dos Atos dos Apóstolos ou Atos do Espírito Santo, registram que aquela igreja se reunia “no templo e de casa em casa” (At 2.46; 5.42; 20.20). Isso por ter como modelo Jesus, que utilizou grandemente o lar como centro de pregação, ensino, cura e ao comissionar seus discípulos enviou-os para pregar nas casas. Veja, somente em Mateus, quantos registros temos de Jesus utilizando as casas no seu ministério: (Mt 9.10, 23,28; 10.6,12-14;13.1; 17.25; 26.6,18).
Depois temos o apóstolo Paulo e a igreja primitiva seguindo o exemplo de Jesus e a metodologia do culto nas casas (ver Apostila o Ano da Transição, Módulo 1, p. B 2 do MIC). A casa de Jason em Tessalônica (At 17.5). A casa de Tício, o Justo, situada ao Lado da sinagoga em Corínto (At 18.7). A casa de Felipe em Cesaréia onde os missionários eram recebidos (At 21.8). A casa de Lídia em Filipos local de encontro como para hospedar Paulo (At 16.40). Áquila e Priscila parecem ter mantido uma igreja em sua casa onde quer que eles morassem, seja em Corinto, seja em Roma (Rm 16.3-5, At 18.3; 1Cor 16.19). A casa do carcereiro Felipe era usada como centro de evangelismo depois de sua conversão (At 16). Toda a família de Estéfanes foi batizada pelo próprio Paulo e ele aparentemente usava essa casa “para o serviço dos santos” (1 Cor 1.16;16.15). A sala superior de uma casa pertencente à mãe de Marcos em Jerusalém foi o primeiro local de encontros da igreja (At 12.12). A casa de Filemom também foi citada como local de encontro de cristãos (Fm 1,2). “Não deveria causar-nos surpresa que a “igreja nas casas” tornou-se um fator crucial no desenvolvimento da fé cristã”, comenta Michael Green (Evangelism in the Early Church. Hodder & Stoughton: london, 1970, p. 208).
Ainda, o doutor coreano John Oak citando Lawrence Richards comenta: “A igreja de Corinto não foi edificada como as igrejas de hoje. É bem conhecido o fato que a igreja era formada por 20 a 30 igrejas nos lares. As igrejas, depois do período do Novo Testamento, seguiram o mesmo modelo e se espalharam como fermento em todas as direções” John Oak contiua sua análise agora citando o Teólogo Verkuyl: “eles tiveram comunhão por meio de uma alta mobilidade como igrejas nos lares ou centros de atividades. Eles se encontravam privadamente ou em público. A comunhão no grupo pequeno penetrou em cada camada da sociedade. Consequentemente, mediante a comunhão dinâmica, aqueles que entraram em contato com eles ouviram a mensagem da salvação e testemunharam o poder do Evangelho. Eles se multiplicaram lentamente e se expandiram de um modo ordenado”.
Depois destes breves relatos poderíamos perguntar. Por que não damos prosseguimento no que foi a base e início da igreja cristã e de nossas igrejas depois de quase 2000 anos? Por que não evoluímos e melhoramos essa estratégia tão poderosa? E se abandonamos, por que não voltamos a esse princípio tão claro nas Escrituras? Por que não repensá-los se em grandes momentos da história da igreja os lares foram utilizados tanto na edificação e amadurecimento dos crentes, para o desempenho do seu serviço (Ef 4.12), e para o crescimento da igreja, como conseqüência?
Fica aqui estas perguntas para que tentemos respondê-las. Pela graça de Deus temos hoje no Brasil igrejas que tem repensado e implantado este trabalho. Líderes amados que tem se colocado a serviço da Igreja evangélica brasileira para treinar pastores e líderes. Temos boa literatura, ferramentas e gente com experiência comprovada. Desta forma, incentivo você a no mínimo pensar no assunto. Quem tem coragem de refletir que reflita... Por que não continuamos ...?

Friday, July 20, 2007

BARREIRAS A VIVÊNCIA DO DISCIPULADO NA IGREJA


Série discipulado.
Heliel Carvalho


Hans Weber comenta sabiamente. “... a descoberta do custo do discipulado frequentemente resulta em declínio do número de membros da igreja; a missão no Novo Testamento não está ligada a estatísticas, mas sim a sacrifícios.” Hans R. Weber

Ao mesmo tempo que a citação acima parece muito pessimista e não verídica, ela tem sua confirmação no discipulado de Jesus (Jo 6.66) e na experiência de muitas igrejas na história. O discipulado exige sacrifício, é como andar na contramão da história, não só da história do mundo, mas também na história da igreja. Visa a mudança do caráter muito mais que só oferecer conhecimento. Altera os valores da pessoa e não somente os costumes. O alvo é impossível simplesmente pela ação humana, pois visa tornar o discípulo semelhante a Jesus (Rm 8.29) e de alguma forma mexe com a estrutura total da igreja.
Tendo em vista as dificuldades enfrentadas nesse processo, analisemos três vertentes principais da resistência ao discipulado. A igreja (eclesiologia), os líderes (pastores e lideres em geral), e o povo (os membros da igreja). Ao fazermos tal análise, objetivamos compreender os mesmos, até, para que não fiquemos decepcionados ao apaixonarmos por um princípio tão cristalino nas escrituras, porém, ao caminharmos para a prática na vida da igreja, podemos encontrar grandes dificuldades de vivenciá-los. O que parece contraditório, visto que se a igreja foi gerada pela Palavra, deveria entender e vivenciar quase que automaticamente esta Palavra. Observemos então.
Primeiro, o sistema da igreja. Sabemos que nos primeiros anos da igreja, esta era extremamente relacional, mantendo um sistema que compreendia o lar e o templo (At 2.46; 5.42 e 20.20). Contudo, com a mudança provocada por Constantino (272-337) por volta do ano 312 d.C, a igreja deixou de ter esses dois braços, “no templo e de casa em casa”, como lugar de reuniões e discipulado. Praticamente a igreja limitou-se a celebrações no templo, inclusive usando velhos templos pagãos. Recebeu do estado alguns benéficos como sacerdote pago, ausência de impostos, entre outros. Daquela época até hoje homens de Deus tentaram mudar esse sistema buscando o retorno da igreja para uma vivência mais informal, relacional e discipuladora. E que para esse fim utilizasse o templo e a casa para reuniões e amadurecimento na fé. Alguns obtiveram mais sucessos (Baxter, Whitefield, Wesley), outros menos (os anabatistas, Lutero).
O fato é que nascemos e fomos educados numa igreja com o sistema de Constantino, apesar de termos uma boa Teologia, a Reformada, ficamos com o sistema Romano. Eis aqui um dos grandes inibidores do discipulado - o sistema - que de alguma forma engessa, valoriza extremamente o templo, o domingo, “o sacerdote”, a religiosidade - aquela formalidade que agrega inúmeros apetrechos a simplicidade da vida cristã, entre outros. Com isso, chegamos ao ponto de cristãos não conceberem que foram visitados se o pastor não esteve presente. Não considerarem o culto como tal, se não for no templo. Considerarem um tremendo desrespeito realizar um jantar da igreja no templo, mesmo que não tenha outro lugar para se fazer. Na verdade, sacralizamos o templo e desacralizamos a igreja (povo). John Oak no Livro “O chamado para acordar o Leigo”, cita Lawrence Richards que diz: “alguns teólogos lamentam que Lutero proclamou o sacerdócio de todos os crentes, mas cerca de 500 anos depois as estruturas das igrejas negam isto”. Nesse sistema que está impregnado em nós é quase automático pensarmos que servir a Deus, seja, freqüentar o culto no domingo e algum outro dia da semana, contribuirmos para a igreja e termos um bom caráter. Discipulado não entra aqui a não ser na idéia de discipulado como a simples transmissão de conhecimento bíblico.
Segundo. Os líderes - tratamos aqui daqueles que de alguma forma estão mais envolvidos no direcionamento e no ministrar a igreja. A dificuldade em pensar no discipulado se dá visto que: 1) é mais fácil preparar sermões e entregá-los no domingo a noite e em algum outro dia da semana, fazendo visitas aos que necessitam do que relacionar com pessoas que como nós tem problemas e dificuldades de relacionamento; 2) é mais fácil ficarmos a uma certa distância das pessoas, não permitindo que vejam nossos defeitos, problemas e também pontos positivos, do que nos envolvermos a ponto de não sermos mais vistos como o “pastorzão”, o “ungido”; 3) é mais fácil convivermos com crentes, e aqui tenho minhas dúvidas se de fato é, em algumas ocasiões específicas do que largarmos nosso estudo, grupo de amigos seletos e demais prioridades, do que envolvermos com não cristãos afim de transmitirmos vida e ao mesmo tempo sermos modelos do rebanho; 4) é mais fácil mantermos uma certa distância dos crentes do que de alguma forma envolvermos em suas vitórias e problemas e ser incomodados pelo Espírito de Deus a repartir nossa vida e pertences com os eles; 5) é mais fácil ficarmos de longe do que arriscarmos a trabalhar pessoalmente com pessoas que não darão frutos e outros no mínimo, como nós, demorarão anos para serem transformados em seu caráter.
Isto posto, penso que estes cinco argumentos são suficientes para mostrar que o discipulado enfrenta barreiras também por parte dos líderes. Para mim, é exatamente aqui que temos a principal barreira. Especialmente se de alguma forma, os líderes ainda não tiveram seus valores mudados, a fim de, moldarem-se aos princípios vividos e ensinados por Jesus.
E por último. Os membros da igreja, o povo. A minha percepção é que temos pelo menos três grupos aqui. A) uma boa parte dos membros ao ouvirem sobre discipulado e as implicações destes chegam a se despertarem e até a ansiarem por viver tais valores, apesar de ainda não entenderem as implicações deste na prática; B) outro grupo fica na espreita, a princípio analisando a vida do proponente destes princípio e ao mesmo tempo suas propostas. Eles até querem, mas tem medo de ser mais uma novidade do pastor. Tem medo de engajar no projeto e daqui a uns 3 a 5 anos, no máximo, o pastor achando uma proposta de ministério melhor deixe a igreja. Do outro lado, acontece também do pastor querer desenvolver um projeto a longo prazo e ser demitido pela liderança desta, por não encaixar “no perfil da mesma”. C) o último grupo são aqueles que não querem saber de nada. Não querem ser incomodados, estão tremendamente felizes com o sistema da igreja – os "3s": salvo, seguro e satisfeito. Qualquer proposta, mesmo que tenha apoio bíblico é visto como “novidade”. Estes chegam a fazer cara feia. Não querem nem ouvir a proposta, não tem coragem de analisar. São aqueles que participam da reunião somente de “corpo presente”.
Somam-se a estes fatores as questões teológicas solidificadas pela mensagem oculta, passada anos a fio: o trabalho que precisa ser desenvolvido (Ef 4.12) é da responsabilidade única e exclusiva do pastor, ou do obreiro(a) pago. O famoso equivoco “clero x leigo”. Assim, muitos membros da igreja por crer desta forma, não se envolvem em nada mais que assistir, e a palavra é esta mesmo, assistir, ao culto e as reuniões.
Agora, gostaria de restringir minha análise a resistência dos dois primeiros grupos do terceiro ítem, ou seja, daqueles crentes que querem apesar de não saberem como se dará na prática e aqueles que estão analisando para ver aonde o processo e proponente quer chegar. A resistência se dará visto que: 1) Vivemos numa sociedade que vive as conseqüências da queda (Gn 3). Desta forma, temos as machucaduras e sentimentos de rejeição tanto de Deus como do próximo. Mesmo que ansiemos por relacionamentos, tendemos a fugir deles. E o discipulado visa exatamente a restauração do estado original o que não é nada fácil e nem projeto humano, apesar deste ter a sua parte; 2) Vivemos numa sociedade que aguçou os resultados da queda. Como? Com as inúmeras separações de casais. Ex-cônjuges agora vivendo sozinhos e por vezes com os filhos destroçados. Com a competitividade acirrada onde se vale pelo que produz e não pelo que é. Assim, se você não tem capacidade de produzir, é descartado. Com a coisificação do ser humano pela mídia e até mesmo com o crescente número de “pastores, bispos e após-tolos” que tem usado o ser humano como trampolim para suas megalomaluquices. Tudo isso, acirra as conseqüências da queda, faz com que na prática pessoas fujam de relacionamentos mais próximos que deveriam ser marcados pela gana de sermos transformados a imagem do Filho de Deus - o carro chefe do discipulado. 3) Além da falta de treinamento, algo que temos muito a aprender.
Eis alguns pensamentos que julgo serem importantes para entendermos as dificuldades de implantarmos um sistema eclesiológico que valorize o discipulado, ou seja, dificuldade na nossa crença, tanto dos lideres como dos liderados (eclesiologia). A dificuldade da nossa liderança, aqueles que deveriam ser os iniciadores na mudança pessoal de valores e consequentemente do processo. E por fim, a dificuldade encontrada pelo nosso povo, a igreja, que enfrenta todas as conseqüências do mundo pós-moderno em que vivemos.
Conclusão. A intenção ao refletir sobre discipulado desta perspectiva é mostrar que o mesmo tem um custo e o mesmo não é baixo. Assim, se quisermos vivenciar e levar a igreja a vivenciar um estilo de vida semelhante a vida de Jesus, precisamos urgentemente calcular o preço (Lc 14.28-35). Contudo, ainda assim, não temos escolhas se Jesus é de fato salvador e acima de tudo Senhor de nossas vidas.

Em outro artigo pretendo mostrar as bençãos da vivência do discipulado.

Saturday, July 14, 2007

Arrume o telhado

SÉRIE DISCIPULADO
Heliel Carvalho

Pensando e repensando sobre discipulado, peguei em minha biblioteca o Livro “o Discípulo” de Juan Carlos Ortiz. Fiquei assustado com a atualidade e visão abrangente do livro apesar de toda simplicidade e ser publicado pela primeira vez, em inglês, há mais de 36 anos.
E ao comentar no capítulo 13 sobre o título "membros ou discípulos", Ortiz faz uma observação perspicaz. Ele escreve: “O que significa ser membro da igreja hoje em dia? Quase todas as igrejas fazem três exigências: 1) O membro deve freqüentar as reuniões; 2) O membro deve contribuir; 3) O membro deve ter um bom caráter. Se estes três requisitos são satisfeitos, ele é considerado um bom membro da igreja. Então ele é como um sócio de um clube qualquer – freqüenta a sede, paga as mensalidades e procura não envergonhar sua agremiação.”
Como esta informação é atual, apesar de desatualizada. Desatualizada não por culpa do autor, mas porque na pós-modernidade amadurecida o que manda é a pluralidade. Assim hodiernamente além desta opção de membresia da igreja descritas acima, temos as mais diversas variações que gostaria de ponderá-las utilizando para isso um paralelo com as operações matemáticas. Vejamos:
Subtração. Algumas igrejas subtraíram o terceiro item, ou seja, você precisa freqüentar e ofertar, principalmente este, mas com o caráter não é necessário se preocupar, afinal “nascemos para ser cabeça e não calda” e pra chegar lá “vale gol até de mão”. Vive-se a ditadura do estético no lugar do ético. Em entrevista a revista Ultimato (julho-agosto 2007, p. 36) o teólogo colombiano Batista e escritor, Harold Segura comenta que dentro das fileiras evangélicas já observam os primeiros sinais do “protestantismo popular”, de “analfabetismo bíblico” e de “separação entre fé e ética”. Que situação lamentável! E ainda aproveitando a deixa de Segura, percebemos também que se subtraiu o conhecimento bíblico, isso porque colocou-se inúmeros apetrechos aos cultos em detrimento da pregação. Agora se a pregação bíblica tivesse multiplicado, mesmo que não acrescesse o número de membros, o que é difícil acontecer, não estaríamos na situação que nos encontramos. Subtraíram também na contribuição, pois na década em que Ortiz escreve contribuir significava dizimar, hoje, significa dar o que pode. "Dízimo é coisa do Antigo Testamento", dizem eles, nós estamos vivendo na graça e cada um dá conforme quer e quando pode.
Multiplicação. Outras igrejas multiplicaram. Especialmente quanto ao 2º e 1º item. Assim, deve-se dar mais e mais: a casa, o carro e o que tiver, pois Deus lhe dará o dobro. A troca é garantida e rentosa. A questão em jogo não é o reino, mas é a igreja, ou melhor o “pastor”. Multiplicaram também na freqüência. “Se você quiser receber a benção, deve participar das reuniões todos os dias”, especialmente se for campanha, “pois se falhar um dia sequer, perderá a benção” e terá de começar tudo de novo. Já ouvi de pessoas perdendo a família, com os filhos todos treslocados, pois os pais saíam correndo do serviço e tinha que ir para a igreja todos os dias da semana, chegando em casa tarde da noite. Sem nenhum tempo para os filhos e cônjuge. Multiplicaram-se e muito os programas, são infindáveis. Até os líderes das igrejas da idade média se ouvissem tais coisas se assustariam.
Adição. Ainda outras igrejas somaram. Além dos 3 itens colocaram ajuda a missões, o que é extremamente positivo. Começaram a pensar na informalidade do lar, com os grupos nas casas, denominando-os: grupos familiares, grupos de comunhão, células, enfim. Implantaram ministérios para que os crentes tivessem um meio de desenvolver seus dons. Colocaram também estranhas adições como inúmeros apetrechos nos cultos, chegando ao ponto de realizarem culto para “trocar um anjo mais fraco por um mais forte”, "reunião da revolta", "Do descarrego". Entre outros, que você conhece muito bem.
Divisão. Outras igrejas, ainda, dividiram. Fragmentaram-se em inúmeras comunidades. Insatisfeitos com a liderança (a mesma que normalmente invejavam), com a monotonia, com a teologia, com os 3 itens acima, porém o mais triste é que com raras exceções eles melhoraram alguma coisa. Via de regra, se degradaram transformando-se em homens prepotentes, mesquinhos, hierárquicos, cheios de mística anti-bíblica e idolatrados por uma massa acéfala.
De qualquer forma, mesmo que quaisquer destes grupos aproximem-se mais ou menos da verdade, ou até mesmo, desviem-se totalmente dela, poucos conseguiram chegar à essência. E para expressar melhor o que pretendo dizer, passo a descrever uma ilustração que me fez pensar seriamente sobre a vida e o propósito da igreja, para que também o membro identifique o seu papel nesta.
Certo Senhor ao sair de viagem, pediu a seus servos que trocassem o telhado da casa, pois o mesmo estava em péssimas condições. Dada a ordem viajou e os seus servos puseram-se a trabalhar. Passado o devido tempo retorna da viagem aquele senhor. Ao chegar na rua onde sua casa está localizada percebe o passeio totalmente novo e com um designer moderno. O muro muito bem pintado. Aciona o controle remoto, entra pelo portão da garagem e vê que o jardim está podado e com algumas plantas novas. A casa recebera uma pintura totalmente nova. Ao entrar pela sala a mesma estava lindíssima e organizada. Na copa havia um delicioso jantar a mesa. Esse senhor então maravilhado olha acima e percebe através dos buracos no forro que o telhado continuava velho e perigoso como quando saíra de casa.
Então indaga aos servos. O que houve? Por que não arrumaram o telhado? Estes disseram-lhe que começaram a arrumar o passeio, muro, jardim, pintura das paredes e por isso não sobrara tempo para fazer o que o senhor havia pedido. Os servos estavam muito ocupados e preocupados em fazer o periférico, não o essencial. Assim, não reformaram o telhado. Imagine como deve ter ficado aquele Senhor?
A conclusão é: por muito tempo e repetidas vezes essa história tem se repetido com a igreja. As últimas palavras de Jesus antes de retornar ao Pai, registradas por Mateus (28.18-20), se resume em “ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações... ensinando os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado...”. Como igrejas nós freqüentamos as reuniões, ofertamos, alguns remodelam o caráter, fazemos inúmeros programas, temos inúmeras festas e comemorações, reuniões sem fim, mas dificilmente e com raríssimas exceções fazemos discípulos. Semelhantemente aqueles servos, somos ótimos para arrumar passeios, muros, jardins, fazer pinturas, jantares entre outras, mas arrumar o telhado!... Ah, vale lembrar que arrumar o telhado dá trabalho. É complicado... é perigoso... podemos ter decepções... afinal, pensamos, nosso Senhor é bonzinho, não será tão rígido conosco quando formos prestar contas de nossa vida. Até parece que o Senhor Jesus deixou Mt 28.21 que diz: "é brincadeirinha tudo o que disse".
A minha oração é: Deus tenha misericórdia de nós, especialmente dos lideres, para que primeiro sejamos os exemplos em fazer discípulos, pessoas que vivam e ensinam a Palavra na vida cotidiana. Segundo, que fazendo discípulos de Jesus, não nosso, possamos ao mesmo tempo treinar tais pessoas para discipular outros, multiplicando-nos na vida de outros. Possamos seguir a recomendação de Paulo a Timóteo (2 Tm 2.2). “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”. Discipular, uma das funções mais primordiais e urgentes para um membro da Igreja de Jesus se engajar. Arrume o telhado.

Monday, July 09, 2007

série reflexão
Heliel Carvalho


Já sabe que o Senhor é bondoso?


Espera ai... não responde rápido não. Sei que você já falou, já declarou, já cantou, já leu, já ouviu inúmeras vezes: “o Senhor é bom e sua misericórdia dura para sempre”. É fato, eu também já ouvi, li, preguei, etc. Contudo, essa semana lendo a primeira carta de Pedro, mas especificamente o capítulo 2, versículo 3, que diz: “se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso”, fiquei estarrecido. Esse versículo explodiu como uma bomba em meu peito.

Mais você me pergunta: por que?
Veja, nos versículos anteriores Pedro nos diz para deixarmos tudo o que desagrada a Deus e que devemos desejar ardentemente o crescimento no relacionamento e obediência ao Senhor. Então ele diz que só faremos o despojamento do velho homem e desejaremos ardentemente o crescimento em Deus se de fato entendemos que Deus é bom.

Conclusão bombástica. Quando não sabemos na prática que Deus é bom, não desejamos o crescimento espiritual, leitura da palavra, oração, comunhão com os irmãos, etc.
Meu Deus!!! Fiquei com vergonha. Consigo ler bastante sobre Deus, sei falar para os outros o que fazer para busca-lo, consigo incentivar pessoas a oração, mas que dificuldade para orar, que dificuldade para parar e refletir em Deus e na vida. E mais, quando consigo tirar um tempo para orar, minha mente viaja. Preciso a todo minuto chamá-la de volta. É preciso amarar meu pensamentos a minha intenção naqueles momentos visto que de outra forma ele foge. Então entendi e me surpreendi com o pensamento de Calvino: “A oração tem primazia na adoração e no serviço a Deus”, e Hermisten continua: daí o seu conselho: “a não ser que estabeleçamos horas definidas para a oração, facilmente negligenciaremos a prática”.

E a conclusão dolorosa e abençoadora é: Na verdade, na verdade, para mim ainda não tenho a convicção, em toda a sua plenitude, que o Senhor é bom. Que tristeza, que dor no peito, que vontade de chorar. Falo tanto dEle, mas ainda não O conheço como deveria. Oséias estava certo: “conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor”.
Ao mesmo tempo essa conclusão é abençoadora, visto que essa humilhação me lança para o mais perfeito sentimento e posicionamento que um ser humano pode ter. Sou enviado a confiar nos méritos de Jesus Cristo. Justamente porque se dependesse de mim, me desculpe a expressão, mais eu estaria “no lasco”. Se dependesse de minha fome de Deus, já estaria morto de inanição espiritual. Nesse caso sou lançado para graça de Deus que é melhor do que a vida. E nesse ambiente da graça, tenho vontade de louva-lo, de crescer em Cristo, de conhece-lo mais e mais, pois Ele fez tudo o que tinha de ser feito por mim. Aleluias. Busquemos ao Senhor e deixemos que Ele nos mostre sua bondade para cada dia sermos atraídos a Ele. Glórias sejam dada ao Nome Santo e poderoso de Jesus.

Heliel Carvalho



Bem-aventurado é aquele que teme ao Senhor. É como a arvore plantada junto a ribeiros que no devido tempo dá o seu fruto.
Lindo não?