Monday, May 28, 2012

Sabedoria: o caminho da felicidade!

Maio/2012 – no 067

“Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos e Ele endireitará as suas veredas” (Pv 3.5-7).

Continuando a lógica seguida nas orientações dadas pelo sábio Salomão, veremos alguns princípios nos quais poderemos seguir a fim de caminharmos em direção a felicidade.

Quais seriam as demais colheitas proposta aqui para aqueles que vivem os princípios apresentados pelo sábio? 3) Ter os passos acertados por Deus nas vias da existência. Vejamos então quais as condições apresentadas para se ter os devidos retornos ou frutos.

Princípio 3: Confiança irrestrita em Deus: “Confia no SENHOR de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos” (5,6). A pergunta que se levanta é: confiar em Deus significa que eu sou um robô que preciso ser direcionado ou manipulado por Ele? A resposta seria não. Absolutamente! Você não é um robô, mas é como uma criança que precisa de direção, pois apesar de todo avanço tecnológico e científico, permanecemos os mesmos. Somos limitados. Qualquer coisa nos desestabiliza. Caímos em depressão facilmente. Somos incapacitados para cuidar de nosso cônjuge. Quanto mais dos filhos! Qualquer mudança em nosso organismo, seja por razões externas ou internas, leva-nos ao leito de morte. Somos prisioneiros de diversas paixões que nos encadeiam para a morte. Como escreveu o dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616) “mostre-me um homem que não seja escravo das suas paixões”. E Jesus de Nazaré afirma: “se vós que sois maus” (Dr. Lucas 11.13).

Mais, se qualquer uma das aproximadamente 200 a 500 bilhões de estrelas de nossa minúscula galáxia, cercada por mais de 1500 bilhões de outras galáxias se desviar de sua rota, seria suficiente para não sobrar nada de nosso minúsculo planeta azul. Traduzindo. Se nossa Via láctea não é nada frente ao universo e nosso planeta é como pó dentro de nossa galáxia, como diz o poeta hebreu: “Que é o homem, que dele te lembres?” (Sl 8.4). Quem é este que acha que não precisa do seu Criador? Precisamos reconhecer que necessitados desesperadamente da força e direção de Deus. Aqueles que optam por pedir a orientação de Deus em todas as áreas de sua vida, ao invés de ser autossuficiente, certamente colherão os bons resultados dessa escolha. Qual é o fruto?

3ª consequência: ser dirigido por Deus nas vias da existência. “e ele [Deus] endireitará as tuas veredas” (6). Deus mesmo se incumbirá de dar a direção aqueles que dele dependem. Nossos caminhos não são tão retos assim. Via de regra somos tomados por ilusão, vaidade, paixões, interesses não tão puros ao tomar nossas decisões. Se nos humilharmos confiando em Deus e pedindo sua direção, Ele nos dará. Tomaremos a rota certa nos trevos da existência. O Senhor se incumbirá de nos dar sabedoria para tomar a decisão certa, do jeito certo, na hora certa, seja por meio da Bíblia, de um bom livro, de amigos, de familiares, ou mesmo movendo nossos corações e mentes para o fim determinado.

Quem nunca experimentou essa ação maravilhosa e direcionadora de Deus? Usando uma figura do ex-catedrático de Oxford, C.S.Lewis (1898-1963): Quem com um pouco mais de idade ao olhar para traz não percebe, “a mão dançante de Deus” guiando a sua vida? Quem ao olhar para uma criança não percebe os vários livramentos dados a ela, de inúmeros acidentes, dos mais simples aos mais complexos?

Que o Eterno nos ajude a sermos mais humildes. Que Ele desperte em nós um pouco mais do aspecto filosófico e nos leve a indagar sobre tais questões. Termino com a música antiga (c. 1000 a.C): “Mas os que buscam abrigo em ti ficarão contentes e sempre cantarão de alegria porque tu os defendes. Os que te amam encontram a felicidade em ti” (Salmo 5.11).

Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

Meu CULTO diário



Não consigo passar um dia sem Ele.

Essa é minha religião verdadeira, minha grande alegria.

Esse é meu culto diário

Tem boa música e bem eclética

Ouço o recado, ou melhor, leio atentamente as mensagens

Tomo notas, a gente sempre escreve alguma coisa

Ainda que não tão próximo, há uma rede de irmãos e irmãs. Tô ligado neles, sempre falamos.

Tem a parte financeira também, sim, é a hora de investir nesse reino, às vezes diária, semanal, quinzenal, mensal, depende...

Depois tem música,

Tem mensagem,

Estou falando da celebração, do culto diário.

Você não acredita que faço isso todo dia?

Você não é devoto ao seu Deus assim?

Acredite é assim!!!

Esse é meu culto ao celular.

Agora leia de baixo para cima.

Thursday, May 10, 2012

DIA DO TRABALHADOR II

Maio/2012 – no 064


“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”, disse Jesus (João 5.17).

Na reflexão anterior tentamos traçar o embasamento cristão sobre o trabalho e o descanso. Agora tentaremos aprender algumas implicações acerca deste, que podem revolucionar nossa vida. Afinal se dividirmos o dia em três partes, aproximadamente um terço dele seria para dormir, outro para trabalhar e o outro para as demais atividades. Já imaginou, desperdiçaremos um terço da vida se nosso trabalho não nos der alegria, ainda que tenha alguns momentos difíceis?

O trabalho é criação de Deus e existe antes da quebra do relacionamento da criatura e Criador. Há quem ache que o trabalho é fruto da rejeição do homem ao plano de Deus. Não é verdade! Antes de acontecer à rebelião do homem contra Deus, registrado em Gêneses capítulo três, já havia trabalho. Toda criação recebe uma função do Criador. À relva: deem fruto (Gn 1.11); Aos corpos celestes: façam separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos ... para alumiar a terra (Gn 1.14,15); Aos animais: multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves (Gn 1.22); e ao homem: tenha domínio sobre a criação enchei a terra e sujeitai-a ... e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar (Gn 1.26,27; 2.15). Também trouxe Deus os animais para ver como este lhes chamaria e os nomearia (Gn 2.19). Aprendamos, o trabalho dá dignidade e sentido a vida. O descanso deveria ser consequência do trabalho, momento de refrigério, gratidão a Deus e reavaliação do serviço executado. Somos cooperadores da divindade em nosso lindo planeta.

Todo trabalho digno, honra a Deus e é por Ele valorizado. A Bíblia fala muito de profissões como o curtidor, artista, boiadeiro, políticos, sacerdote, escritor, historiador, médico, dentre outras. Para a visão cristã, todo trabalho digno é dignificado por Deus. Não há trabalho santo e trabalho profano exceto ao que foi profanado, ou seja, usado contra Deus, a própria pessoa e o próximo. Afinal Jesus trabalhou como carpinteiro. O servente de pedreiro e a empregada doméstica fazendo o seu trabalho com amor, honestidade e honrando a Deus tem a mesma dignidade do religioso expondo a Palavra de Deus ou de Barack Obama discursando na Casa Branca sobre o fim de uma guerra injusta. Na visão Cristã não existe um trabalho santo e outro chamado profano, sendo ele digno. O trabalho do religioso pode ser o mais profano, se suas intenções e ações são perversas, ainda que mascaradas. O que vale para todas as profissões.

Todo trabalho pode e deve ser uma maneira de exaltar a Deus nos dando dignidade e valor ao próximo. Se assim não for, simplesmente você jogará um terço de sua vida fora. A grande dificuldade em relação ao trabalho se dá quando focamos somente na remuneração, consequentemente não desempenhamos nossa função de acordo com nossas habilidades. O sociólogo e escritor Os Guinness, no livro, O chamado, defende a seguinte tese: há um princípio advindo da fé cristã que revolucionou o mundo ocidental, depois da idade média. O princípio do Chamado ou Vocação. Isto significa que somos chamados não só para sermos de Deus, o que já seria fantástico, mas também vocacionados para realizar algo que honra a Deus e contribui com o bem do próximo e do planeta. Para isso, Deus nos deu habilidades específicas. Se as descubro e trabalho dentro dessa visão, meu trabalho já não será um peso, consequentemente meus relacionamentos no trabalho tendem a ser saudáveis e a remuneração virá a reboque. Em outras palavras, quem enxerga o trabalho como vocação de Deus, ama o que faz e faz o que ama.

Concluindo. O trabalho não é maldição, é benção. A maldição é a distorção, o desequilíbrio em relação ao mesmo. Este desequilíbrio advém da nossa desconexão com o Criador, conosco mesmo e com nosso próximo. Mais, toda profissão digna tem seu valor dado pelo Criador independente do status conferido pela sociedade e deve ser uma forma de honrar a Deus e conferir dignidade a quem a desempenha e ao seu próximo.

Como anda sua relação com sua vocação? Trabalhamos ou descansamos mais que deveríamos? As pessoas ficam satisfeitas com nosso trabalho? Que o Eterno nos ajude a ter alegria em nosso trabalho e também no descanso!!!

Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

DIA DO TRABALHADOR 1

 Maio/2012 – no 063


“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”, disse Jesus (João 5.17).

Segundo alguns historiadores, uma das primeiras manifestações destes aconteceu nas ruas de Chicago, Estados Unidos da América, em 1886. O objetivo era, dentre tantos outros, reduzir a jornada de trabalho para 8 horas diárias. Nesse período chegava-se a trabalhar até 16 horas por dia. Em 1919, o senado francês ratificou a jornada de 8 horas e o dia 1º de maio como feriado. Desde 1895 se comemora essa data no Brasil, contudo somente em 1925, o dia foi oficializado como feriado nacional pelo presidente Arthur da Silva Bernardes (1875-1955), contudo a maioria dos direitos trabalhistas que temos hoje - como salário mínimo, carteira de trabalho, jornada de 8 horas, férias remuneradas, descanso semanal e previdência social, dentre outras, aconteceu na Era Vargas (1930-1945), do Presidente Getúlio Dorneles Vargas (1882-1954). Deixando o aspecto histórico mundial e brasileiro em particular, voltemos ao embasamento judaico cristão do trabalho. Qual a visão cristã do trabalho?

Em primeiro lugar, a declaração bíblica é de um Deus trabalhador. O primeiro versículo da Bíblia começa com a declaração: “no princípio criou Deus” (Gn 1.1). Ele criou, não só o planeta terra, mas também o universo. Sua criação é fruto de sua criatividade, trabalho intelectual, que advém de Sua imaginação seguida de projeto e ação. Eis o embasamento para todo tipo de trabalho como digno, desde o manusear a ferramenta até a arte do projetista.

A segunda comprovação da ação de Deus como uma divindade que trabalha é a vida de Seu Filho encarnado, Jesus de Nazaré. Em certa ocasião perguntaram sobre Jesus: “não é este o carpinteiro?” (Mc 6.3). A pergunta revela não somente a profissão de Jesus, mas mostra um ofício muito comum para uma divindade, ou seja, um carpinteiro. Profissão que não tinha muita conexão com a religiosidade da época. Aprendemos aqui sobre a dignidade de todo trabalho digno, independente de sua remuneração e abrangência. E o trabalho divino é mais uma vez manifestado quando o mestre de Nazaré diz: “Meu Pai [referindo-se a Deus] trabalha até agora, e eu [Jesus] trabalho também” (Jo 5.17).

Ao olhar para a agenda de Jesus, ficamos assustamos por perceber sua intensa atividade diária, muitas das vezes tendo de usar a alta madrugada para a comunhão com Deus. E a completude de sua obra é descrita por Isaías como o mais árduo trabalho: Conceder perdão e declarar justos os que não o são. Essa conquista envolve e ultrapassa o tempo e o espaço e é digna de grande recompensa: “Ele [Jesus] verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (53.11).

O Espírito Santo é apresentado também, como alguém trabalhando de diversas formas: convencendo o “mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). Renovando a terra: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra” (Sl 104.30). Como pedagogo: “o Espírito Santo ... esse vos ensinará todas as coisas” (Jo 14.26), dentre outras.

Se não bastassem tais informações, Jesus disse que na sua segunda vinda servirá aos seus: “o senhor, quando vier ... há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá” (Dr. Lucas 12.37). Essa verdade condiz com o que fora dito pelo profeta Isaías (700 a.C): “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera” (Is 64.4). Não é maravilhoso experimentar essa verdade? Você já pensou que se você confia em Deus, pode descansar tranquilo enquanto Ele faz o que você não pode fazer? Pois “aos seus amados dá enquanto dormem” (Sl 127.2).

O mais impressionante de tudo é saber que Deus Pai, Filho e Espírito Santo trabalham e o faz para homens e mulheres como nós. Tão impressionante quanto o seu labor é saber que Deus descansa. Não deveríamos aprender esse ciclo saudável e tão abençoador com Ele? Que aprendamos levando em conta o Eterno! Que aprendemos a descansar sabendo que Ele trabalha por nós!

Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br