Monday, June 23, 2008

O DINHEIRO E VOCÊ: QUEM MANDA EM QUEM?

Não é interessante que a Bíblia trata com clareza, precisão e amplamente sobre o dinheiro e forma como devemos lidar com o mesmo? O próprio Jesus falou bastante sobre o dinheiro e nossa relação com ele. Grande parte dos problemas do mundo se estabelecem por causa do dinheiro ou devido ao que ele representa. Assim, faz-se necessário pensar, mesmo que rapidamente sobre o mesmo, afim de termos uma noção do propósito de Deus para seu povo.
Vale ressaltar ainda que não temos muitos ricos, no sentido de milionários, em nosso meio, mas temos muitos que almejam enriquecer. Então vejamos alguns princípios estabelecidos na Palavra para nós.

1. Jesus disse: Se não adoramos a Deus o aborreceremos e consequentemente adoraremos outro deus – e o dinheiro é o maior concorrente.
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6.24);
A palavra não frutifica em muitos corações devido ao fascínio pela riqueza. “Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera”. (Mc 4.18,19)

Paulo confirma. O dinheiro de fato é um deus, avareza (e o amor a ele) é idolatria.
Cl 3.5 “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria”;
Heb 13.5 “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei”.

A adoração a Deus parte do pressuposto de que podemos descansar em seus braços tendo a plena convicção de que com muito ou pouco não nos faltará às necessidades básicas da vida.
“Por isso, [eu, Jesus] vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mt 6.25,26)

2. Paulo diz:
a. Querer ficar rico é cair em tentação, cilada, desejos insensatos e perniciosos e se afogar em perdição.
“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição”. (1 Tm 6.9)
E Salomão confirma: “Não te fatigues para seres rico; não apliques nisso a tua inteligência. O homem fiel será cumulado de bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não passará sem castigo” (Pv 23.4; 28.20);

b. Aos ricos: não depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus.
“Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento;” (1 Tm 6.17)
E Salomão continua:
“Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco, quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir.” (Ec 5.12)

3. A sua vida não é medida pelo que você tem, mas pela forma com que você trabalha com os bens que tem. Sendo Senhor ou servo deles.
“Nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós? Então [Jesus], lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” (Lc 12.13...)

4. Não gasteis naquilo que não é essencial para a vida.
“Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.” (Is 55.1).

5. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, pode desviar o cristão da fé e levá-lo a enfrentar muitas dores devido ao seu apego ao dinheiro.
“Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. 11 Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão” (1Tm 6.10)
Observe que o texto não diz que o dinheiro é a raiz de todos os males, não, mas o amor ao dinheiro. No cristianismo, via de regra, os males não são externos e sim internos, ou seja, procedem do coração, do interior do ser humano. Jesus então diz: “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina.” (Mt 15.19-20).

Conclusão.
1. A forma com que você trabalha com o dinheiro revela onde está o seu coração. “Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.21).

2. Onde e o quanto você gastar o seu dinheiro revela quanto amor você tem pela glória de Deus.

3. Se você não investe no Reino, você vai investir em alguma coisa e por vezes esse investimento é contra o Reino.

4. Deus pede a você para prová-lo quanto a consagração a Ele dos Dízimos e ofertas.
“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida” (Ml 3.10).

5. A administração do dinheiro apartir de uma perspectiva Bíblica pode ser uma fonte de deleite em Deus e benção para ao Seu Reino.