Wednesday, July 25, 2012

Sabedoria, o caminho da felicidade

"Guarda a sabedoria e o bom siso... serão vida para a tua alma..."  (Pv 3.21-23)

Salomão, depois de mostrar os imensos benefícios de se viver em sabedoria, mais uma vez, incentiva seus leitores a buscá-la. Sua pedagogia envolve relacionamento e amor, pois ele diz carinhosamente: "filho meu". Envolve ainda mais que intelectualidade, ele revela as intenções de seu coração ao dizer: "não se apartem estas coisas dos teus olhos". Que coisas? O que ele ensinou sobre a sabedoria que envolve o todo da existência vivida na perspectiva do Criador do universo. Então o sábio reafirma: "guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso" (21). Bom siso significa bom senso. Siso é o dente que nasce na idade adulta. Na idade da razão. Por isso bom senso. A capacidade de fazer bons julgamentos para tomar as melhores decisões. Assim, proceder com sabedoria e bom senso é decidir sempre pelo melhor caminho a tomar nos entroncamentos da existência, tendo os conselhos divinos, conforme registrados na Bíblia, como referencial a fim de manter-se no propósito. É seguir na mesma direção sem perder de vista o Criador e suas orientações. O caminho da sabedoria é contínuo, difícil, contudo agradável e recompensador. As razões pelas quais devemos agarrar a sabedoria e ao bom senso são:

1. Vivendo com sabedoria você terá uma vida ética e esteticamente bonita
. "porque serão vida para a tua alma e adorno ao teu pescoço" (22). Guardar a sabedoria e o bom senso gera vida e beleza. Para entender esta frase precisamos aguçar nossa imaginação. Pense em uma árvore frutífera. Esta pode ser esteticamente perfeita, com lindos ramos, folhagem e flores, contudo sem frutos. Agora, pense em outra árvore frutífera. Seu produto é delicioso, contudo a folhagem e flores são reduzidas e sem formosura, ainda que não seja comum, isso pode acontecer. Num terceiro momento imagine uma árvore que tenha muitos e deliciosos frutos e uma beleza admirável. Salomão está dizendo que aqueles que andam em sabedoria, assim como a árvore frutífera e frondosa, terá a plenitude da vida. A estética unindo-se a ética. Vida exuberante experimentada nas suas multiformes facetas. Um viver significativo e feliz. Isso porque há pessoas que vivem ética e moralmente irrepreensíveis, mas são infelizes. Neles a estética é assimétrica. Por outro lado, há aqueles que parecem esteticamente perfeitos, apresentam uma aparência de felicidade, mas são infrutíferos, ou seja, é moral, ética e espiritualmente desajustados. Uma hora essa máscara cai. A proposta da sabedoria é não separar o que Deus uniu: ética e estética.

Através da prática da sabedoria divina podemos unir frutos e beleza. Moral e alegria. Espiritualidade e prática da bondade. Quando falta um destes componentes ou ambos temos o indicativo que já perdemos de vista a essência da vida. E por falta do bom senso, muitos perdem a família, os amigos, o trabalho, os bens e a alegria, quando não a própria vida.

2. Vivendo com sabedoria você caminhará seguro e confiante. "Então, andarás seguro no teu caminho, e não tropeçará o teu pé" (23). Outro fruto de se viver em sabedoria e bom senso é andar em segurança e cheio de confiança. Sim! Quem ama ao Deus da sabedoria e procura viver coerentemente não tem o que temer. Como escreveu o poeta e tradutor brasileiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987): "Confiança é um ato de fé, esta dispensa raciocínio". Dispensar o raciocínio, não significa que a fé seja irracional e sim que ele é suprarracional.

Quem vive com fé em Deus tem a convicção da supervisão divina sobre sua vida. Caminha com confiança e direção certa. Sabe que na vida há propósito e desígnio. Entende que nada pode acontecer fora da supervisão do Senhor do universo. Andam de maneira altaneira e sem cessar avançam para o alvo. Estes não só sentem a direção, tem confiança no caminho a seguir, mas também tem boas orientações aos que se sentem perdidos, sem motivação e direção. A confiança do sábio extrapola as previsões da economia, da sociologia, da antropologia ou qualquer outra ciência. Estas ainda que avaliem os dados, não tem poder para definir os rumos da história, mas o Deus da sabedoria tem. A confiança gera segurança e esta tranquilidade para se viver.

Em resumo. Os frutos da sabedoria conduzem a uma vida ética e esteticamente bonita, numa caminhada segura e cheia de confiança. Além de livrar das emboscadas mortais da estultícia.

Rev. Heliel G. Carvalho –  heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

Friday, July 20, 2012

CONFERÊNCIA SOBRE DISCIPULADO

Na próxima segunda e Terça-feira (23 e 24/07), teremos mais um momento de reflexão para pastores e líderes sobre: 

O Discipulado como ferramenta para treinar os membros de nossas igrejas para o ministério. 

Preletores: Rev. Young Ko e Paulo Renan
Pastores da Igreja Presbiteriana Agua Viva em São Paulo. 
Dias: 23 e 24 de julho
Horário: 14:30 horas. 
Local: Igreja Presbiteriana Antioquia. 
Endereço: Rua Siomara A. Oliveira, Qd 23, Lt 10,11, no Vivian Parque. 
Informações: Rev. Heliel Carvalho - 9135-5797 ou 3098-4509. 

Aguardo você.
 

Monday, May 28, 2012

Sabedoria: o caminho da felicidade!

Maio/2012 – no 067

“Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos e Ele endireitará as suas veredas” (Pv 3.5-7).

Continuando a lógica seguida nas orientações dadas pelo sábio Salomão, veremos alguns princípios nos quais poderemos seguir a fim de caminharmos em direção a felicidade.

Quais seriam as demais colheitas proposta aqui para aqueles que vivem os princípios apresentados pelo sábio? 3) Ter os passos acertados por Deus nas vias da existência. Vejamos então quais as condições apresentadas para se ter os devidos retornos ou frutos.

Princípio 3: Confiança irrestrita em Deus: “Confia no SENHOR de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos” (5,6). A pergunta que se levanta é: confiar em Deus significa que eu sou um robô que preciso ser direcionado ou manipulado por Ele? A resposta seria não. Absolutamente! Você não é um robô, mas é como uma criança que precisa de direção, pois apesar de todo avanço tecnológico e científico, permanecemos os mesmos. Somos limitados. Qualquer coisa nos desestabiliza. Caímos em depressão facilmente. Somos incapacitados para cuidar de nosso cônjuge. Quanto mais dos filhos! Qualquer mudança em nosso organismo, seja por razões externas ou internas, leva-nos ao leito de morte. Somos prisioneiros de diversas paixões que nos encadeiam para a morte. Como escreveu o dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616) “mostre-me um homem que não seja escravo das suas paixões”. E Jesus de Nazaré afirma: “se vós que sois maus” (Dr. Lucas 11.13).

Mais, se qualquer uma das aproximadamente 200 a 500 bilhões de estrelas de nossa minúscula galáxia, cercada por mais de 1500 bilhões de outras galáxias se desviar de sua rota, seria suficiente para não sobrar nada de nosso minúsculo planeta azul. Traduzindo. Se nossa Via láctea não é nada frente ao universo e nosso planeta é como pó dentro de nossa galáxia, como diz o poeta hebreu: “Que é o homem, que dele te lembres?” (Sl 8.4). Quem é este que acha que não precisa do seu Criador? Precisamos reconhecer que necessitados desesperadamente da força e direção de Deus. Aqueles que optam por pedir a orientação de Deus em todas as áreas de sua vida, ao invés de ser autossuficiente, certamente colherão os bons resultados dessa escolha. Qual é o fruto?

3ª consequência: ser dirigido por Deus nas vias da existência. “e ele [Deus] endireitará as tuas veredas” (6). Deus mesmo se incumbirá de dar a direção aqueles que dele dependem. Nossos caminhos não são tão retos assim. Via de regra somos tomados por ilusão, vaidade, paixões, interesses não tão puros ao tomar nossas decisões. Se nos humilharmos confiando em Deus e pedindo sua direção, Ele nos dará. Tomaremos a rota certa nos trevos da existência. O Senhor se incumbirá de nos dar sabedoria para tomar a decisão certa, do jeito certo, na hora certa, seja por meio da Bíblia, de um bom livro, de amigos, de familiares, ou mesmo movendo nossos corações e mentes para o fim determinado.

Quem nunca experimentou essa ação maravilhosa e direcionadora de Deus? Usando uma figura do ex-catedrático de Oxford, C.S.Lewis (1898-1963): Quem com um pouco mais de idade ao olhar para traz não percebe, “a mão dançante de Deus” guiando a sua vida? Quem ao olhar para uma criança não percebe os vários livramentos dados a ela, de inúmeros acidentes, dos mais simples aos mais complexos?

Que o Eterno nos ajude a sermos mais humildes. Que Ele desperte em nós um pouco mais do aspecto filosófico e nos leve a indagar sobre tais questões. Termino com a música antiga (c. 1000 a.C): “Mas os que buscam abrigo em ti ficarão contentes e sempre cantarão de alegria porque tu os defendes. Os que te amam encontram a felicidade em ti” (Salmo 5.11).

Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

Meu CULTO diário



Não consigo passar um dia sem Ele.

Essa é minha religião verdadeira, minha grande alegria.

Esse é meu culto diário

Tem boa música e bem eclética

Ouço o recado, ou melhor, leio atentamente as mensagens

Tomo notas, a gente sempre escreve alguma coisa

Ainda que não tão próximo, há uma rede de irmãos e irmãs. Tô ligado neles, sempre falamos.

Tem a parte financeira também, sim, é a hora de investir nesse reino, às vezes diária, semanal, quinzenal, mensal, depende...

Depois tem música,

Tem mensagem,

Estou falando da celebração, do culto diário.

Você não acredita que faço isso todo dia?

Você não é devoto ao seu Deus assim?

Acredite é assim!!!

Esse é meu culto ao celular.

Agora leia de baixo para cima.

Thursday, May 10, 2012

DIA DO TRABALHADOR II

Maio/2012 – no 064


“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”, disse Jesus (João 5.17).

Na reflexão anterior tentamos traçar o embasamento cristão sobre o trabalho e o descanso. Agora tentaremos aprender algumas implicações acerca deste, que podem revolucionar nossa vida. Afinal se dividirmos o dia em três partes, aproximadamente um terço dele seria para dormir, outro para trabalhar e o outro para as demais atividades. Já imaginou, desperdiçaremos um terço da vida se nosso trabalho não nos der alegria, ainda que tenha alguns momentos difíceis?

O trabalho é criação de Deus e existe antes da quebra do relacionamento da criatura e Criador. Há quem ache que o trabalho é fruto da rejeição do homem ao plano de Deus. Não é verdade! Antes de acontecer à rebelião do homem contra Deus, registrado em Gêneses capítulo três, já havia trabalho. Toda criação recebe uma função do Criador. À relva: deem fruto (Gn 1.11); Aos corpos celestes: façam separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos ... para alumiar a terra (Gn 1.14,15); Aos animais: multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves (Gn 1.22); e ao homem: tenha domínio sobre a criação enchei a terra e sujeitai-a ... e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar (Gn 1.26,27; 2.15). Também trouxe Deus os animais para ver como este lhes chamaria e os nomearia (Gn 2.19). Aprendamos, o trabalho dá dignidade e sentido a vida. O descanso deveria ser consequência do trabalho, momento de refrigério, gratidão a Deus e reavaliação do serviço executado. Somos cooperadores da divindade em nosso lindo planeta.

Todo trabalho digno, honra a Deus e é por Ele valorizado. A Bíblia fala muito de profissões como o curtidor, artista, boiadeiro, políticos, sacerdote, escritor, historiador, médico, dentre outras. Para a visão cristã, todo trabalho digno é dignificado por Deus. Não há trabalho santo e trabalho profano exceto ao que foi profanado, ou seja, usado contra Deus, a própria pessoa e o próximo. Afinal Jesus trabalhou como carpinteiro. O servente de pedreiro e a empregada doméstica fazendo o seu trabalho com amor, honestidade e honrando a Deus tem a mesma dignidade do religioso expondo a Palavra de Deus ou de Barack Obama discursando na Casa Branca sobre o fim de uma guerra injusta. Na visão Cristã não existe um trabalho santo e outro chamado profano, sendo ele digno. O trabalho do religioso pode ser o mais profano, se suas intenções e ações são perversas, ainda que mascaradas. O que vale para todas as profissões.

Todo trabalho pode e deve ser uma maneira de exaltar a Deus nos dando dignidade e valor ao próximo. Se assim não for, simplesmente você jogará um terço de sua vida fora. A grande dificuldade em relação ao trabalho se dá quando focamos somente na remuneração, consequentemente não desempenhamos nossa função de acordo com nossas habilidades. O sociólogo e escritor Os Guinness, no livro, O chamado, defende a seguinte tese: há um princípio advindo da fé cristã que revolucionou o mundo ocidental, depois da idade média. O princípio do Chamado ou Vocação. Isto significa que somos chamados não só para sermos de Deus, o que já seria fantástico, mas também vocacionados para realizar algo que honra a Deus e contribui com o bem do próximo e do planeta. Para isso, Deus nos deu habilidades específicas. Se as descubro e trabalho dentro dessa visão, meu trabalho já não será um peso, consequentemente meus relacionamentos no trabalho tendem a ser saudáveis e a remuneração virá a reboque. Em outras palavras, quem enxerga o trabalho como vocação de Deus, ama o que faz e faz o que ama.

Concluindo. O trabalho não é maldição, é benção. A maldição é a distorção, o desequilíbrio em relação ao mesmo. Este desequilíbrio advém da nossa desconexão com o Criador, conosco mesmo e com nosso próximo. Mais, toda profissão digna tem seu valor dado pelo Criador independente do status conferido pela sociedade e deve ser uma forma de honrar a Deus e conferir dignidade a quem a desempenha e ao seu próximo.

Como anda sua relação com sua vocação? Trabalhamos ou descansamos mais que deveríamos? As pessoas ficam satisfeitas com nosso trabalho? Que o Eterno nos ajude a ter alegria em nosso trabalho e também no descanso!!!

Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

DIA DO TRABALHADOR 1

 Maio/2012 – no 063


“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”, disse Jesus (João 5.17).

Segundo alguns historiadores, uma das primeiras manifestações destes aconteceu nas ruas de Chicago, Estados Unidos da América, em 1886. O objetivo era, dentre tantos outros, reduzir a jornada de trabalho para 8 horas diárias. Nesse período chegava-se a trabalhar até 16 horas por dia. Em 1919, o senado francês ratificou a jornada de 8 horas e o dia 1º de maio como feriado. Desde 1895 se comemora essa data no Brasil, contudo somente em 1925, o dia foi oficializado como feriado nacional pelo presidente Arthur da Silva Bernardes (1875-1955), contudo a maioria dos direitos trabalhistas que temos hoje - como salário mínimo, carteira de trabalho, jornada de 8 horas, férias remuneradas, descanso semanal e previdência social, dentre outras, aconteceu na Era Vargas (1930-1945), do Presidente Getúlio Dorneles Vargas (1882-1954). Deixando o aspecto histórico mundial e brasileiro em particular, voltemos ao embasamento judaico cristão do trabalho. Qual a visão cristã do trabalho?

Em primeiro lugar, a declaração bíblica é de um Deus trabalhador. O primeiro versículo da Bíblia começa com a declaração: “no princípio criou Deus” (Gn 1.1). Ele criou, não só o planeta terra, mas também o universo. Sua criação é fruto de sua criatividade, trabalho intelectual, que advém de Sua imaginação seguida de projeto e ação. Eis o embasamento para todo tipo de trabalho como digno, desde o manusear a ferramenta até a arte do projetista.

A segunda comprovação da ação de Deus como uma divindade que trabalha é a vida de Seu Filho encarnado, Jesus de Nazaré. Em certa ocasião perguntaram sobre Jesus: “não é este o carpinteiro?” (Mc 6.3). A pergunta revela não somente a profissão de Jesus, mas mostra um ofício muito comum para uma divindade, ou seja, um carpinteiro. Profissão que não tinha muita conexão com a religiosidade da época. Aprendemos aqui sobre a dignidade de todo trabalho digno, independente de sua remuneração e abrangência. E o trabalho divino é mais uma vez manifestado quando o mestre de Nazaré diz: “Meu Pai [referindo-se a Deus] trabalha até agora, e eu [Jesus] trabalho também” (Jo 5.17).

Ao olhar para a agenda de Jesus, ficamos assustamos por perceber sua intensa atividade diária, muitas das vezes tendo de usar a alta madrugada para a comunhão com Deus. E a completude de sua obra é descrita por Isaías como o mais árduo trabalho: Conceder perdão e declarar justos os que não o são. Essa conquista envolve e ultrapassa o tempo e o espaço e é digna de grande recompensa: “Ele [Jesus] verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (53.11).

O Espírito Santo é apresentado também, como alguém trabalhando de diversas formas: convencendo o “mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). Renovando a terra: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra” (Sl 104.30). Como pedagogo: “o Espírito Santo ... esse vos ensinará todas as coisas” (Jo 14.26), dentre outras.

Se não bastassem tais informações, Jesus disse que na sua segunda vinda servirá aos seus: “o senhor, quando vier ... há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá” (Dr. Lucas 12.37). Essa verdade condiz com o que fora dito pelo profeta Isaías (700 a.C): “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera” (Is 64.4). Não é maravilhoso experimentar essa verdade? Você já pensou que se você confia em Deus, pode descansar tranquilo enquanto Ele faz o que você não pode fazer? Pois “aos seus amados dá enquanto dormem” (Sl 127.2).

O mais impressionante de tudo é saber que Deus Pai, Filho e Espírito Santo trabalham e o faz para homens e mulheres como nós. Tão impressionante quanto o seu labor é saber que Deus descansa. Não deveríamos aprender esse ciclo saudável e tão abençoador com Ele? Que aprendamos levando em conta o Eterno! Que aprendemos a descansar sabendo que Ele trabalha por nós!

Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

Friday, April 13, 2012

Sabedoria: o caminho da felicidade!

Abril/2012 – no 061
Escutem! A Sabedoria está gritando nas ruas e nas praças... o que me der ouvidos habitará seguro, tranquilo e sem temor do mal. Rei Salomão (Provérbios 1.20 e 33).
Em breve teremos em mãos um ótimo livro: “Meu tesouro repartido”; nele o nobre Professor de Direito, João Asmar, se revela como um verdadeiro sábio. Veja o que o mestre escreve a um de seus pupilos: o esbanjamento precoce das energias representa o desordenamento da vida, no futuro...”. A outro orienta: “não coma tanto, evite engordar...”. Que preciosidade! Que clamor para que tais jovens alcance a sabedoria nos mínimos detalhes da vida, a fim de, colher os frutos preciosos da felicidade e vitórias no presente, mas muito mais, num futuro próximo.
Nos versos seguintes, percebemos o sábio Salomão, mostrando exatamente essa verdade. Ainda que vivamos em um mundo de tantos revezes é perceptível o clamor da sabedoria em todos os lados, em alto e bom tom, visível e simples, impactante e sensível, poderoso e cheio de exemplos. Chego a ouvir o som que vem ecoando há mais de 3000 anos passados: Escutem! A Sabedoria está gritando nas ruas e nas praças. Nos portões das cidades e em todos os lugares onde o povo se reúne, ela está gritando alto, assim: - Gente louca! Até quando vocês continuarão nesta loucura? Até quando terão prazer em zombar da sabedoria? Será que nunca aprenderão?” (v. 20-22).Até quando” significa que até a loucura e toda sorte de maus pensamentos, intenções e modo de vida devem ter seus limites. Uma hora essa anarquia tem que parar.
Quando atentos a Dona Sabedoria, conforme personalizada pelo escritor, então se tem a promessa de abundante colheita: “Escutem quando eu os corrijo. Eu darei bons conselhos e repartirei a minha sabedoria com vocês” (23). A recompensa da sabedoria é ver a si mesma distribuída. O contrário também é verdade. Quando não se interrompe o caminho da morte, só pode se terminar na cova. “Eu chamei e convidei, mas vocês não me ouviram e não me deram atenção. Vocês rejeitaram todos os meus conselhos e não quiseram que eu os corrigisse. Assim, quando estiverem em dificuldades, eu rirei; e, quando o terror chegar, eu caçoarei de vocês. Zombarei de vocês quando o terror vier como uma tempestade, trazendo fortes ventos de dificuldades. Eu rirei quando estiverem passando por sofrimentos e aflições. Então vocês me chamarão, mas eu, a Sa-bedoria, não responderei. Vão procurar por toda parte, porém não me encontrarão(v. 24-28).
Para tudo na vida há um limite de tolerância: do tempo de vida útil de um motor à resistência de uma rocha. Do amor de um pai, ao enfado da Sabedoria, que oferecendo-se a si mesma e todos os seus preciosos frutos e vendo-se rejeitada como se fosse o mais miserável vicio, mendigando alguma fagulha de atenção. A rejeição ao bem constitui-se um apelo ardente para o mal. Assim, inevitavelmente, comerão do fruto que plantaram. Beberão da cisterna que cavaram. Terão relacionamentos proporcionais ao tipo de relação que cultivaram. Viverão a partir da “sabedoria” que buscaram. Conclui a Senhora Sabedoria: “Vocês não quiseram a sabedoria e sempre se recusaram a temer a Deus, o SENHOR. Não aceitaram os meus conselhos, nem prestaram atenção quando os corrigi. Portanto, receberão o que merecem e ficarão aborrecidos com as coisas que fizeram. Os tolos morrem porque rejeitam a sabedoria; os que não têm juízo são destruídos por estarem satisfeitos consigo mesmos” ou a sua impressão de bem-estar os leva à perdição(29-32).
É tempo de ouvir a sabedoria. Ela, quase onipresente, insistente, viva, pura, desejosa de ser absorvida, degustada, entranhada nos mínimos meandros da existência. Quando ela clama por atenção, não significa que é carente, mas, sendo sábia, ela tem a convicção que somente tendo-a você desfrutará a felicidade. E a felicidade da Senhora sabedoria é vê-nos felizes no Criador, inclusive fonte da sabedoria.  É tempo de semear para a vida! Antes, porém, é tempo ouvir, visto quequem me ouvir terá segurança, viverá tranquilo e não terá motivo para ter medo de nada.” Não é isso o que todos nós buscamos? Não é esse o anseio do coração humano? Que o Eterno nos ajude a ouvir a voz que clama para nos suprir daquilo que ansiamos!!!               
                                                         Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

Ele Está Vivo!!!

Abril/2012 – no 060
Ele Está Vivo!!!
Por que buscais entre os mortos ao que vive?” Dr. Lucas (24.5).
Celebramos a Páscoa. A saída do povo hebreu do Egito e especialmente a ressurreição de Jesus. O Dr. Lucas (+84 d.C), médico e historiador, fez um relato acurado dos eventos sobre a vida, obras, morte e ressurreição de Jesus. Assim está registrado no evangelho:
“Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído.” (1.1-4).
Registra ainda o Dr. Lucas, que algumas mulheres foram ao túmulo, naquela alta madrugada de domingo ver o corpo de Jesus de Nazaré. Encontraram a pedra da entrada do túmulo removida. Ao entrarem no túmulo de José de Arimatéia, não acharam o corpo de Jesus. Nesse momento encontraram dois varões de vestes resplandecentes que lhes disseram:
Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia, quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia. Então, se lembraram das suas palavras” (Lucas 24.5-8).
Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui. Ele está vivo...
Ele esta vivo porque ressuscitou, dando prova de tal fato a mais de 512 pessoas (1Cor 15.5,6)... Ele ressuscitou porque morreu... Ele morreu porque viveu e viveu muito bem...
Ele viveu porque tinha uma missão a cumprir “porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19.10)... “tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mateus 20.28)...
Ele teve uma missão porque fora enviado por Deus Pai para cumpri-la cabalmente: “Porque eu [Jesus] desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (João 6.38,39)...
Jesus fora enviado e se manifestou a seu povo, e, para cumprir Sua missão teve que se encarnar: “E o Verbo [logos: Palavra] se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1.14)...
Ele se encarnou porque era Espírito e estava em outra realidade junto a Deus Pai. Senão veja o que disse Jesus: “e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo” (João 17.5)...
Ele estava em Espírito porque era Deus, por isso afirmou: “eu e o Pai somos um” (João 10.31) ...
Então, sendo Deus, Jesus Cristo, poderia ressuscitar dos mortos...
Aquele que foi ressuscitado dos mortos e teve poder para ressuscitar outras pessoas dos mortos, tem poder para dar vida aquele que com fé a Ele se achega, por isso, “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (João 11.25)...
Agora a resposta fica comigo e com você: “Crês isto?” Se sim, ainda que você morra viverá e se você viver crendo no Cristo ressurreto, não morrerá eternamente, pelo contrário, terá vida plena aqui se nele permanecer e quando daqui partir, você terá vida eterna. Que o Eterno nos abençoe!!!                                                   
Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br