Thursday, July 14, 2011

Vive-se para Deus aproveitando o tempo

Capelania Institucional da Associação Educativa Evangélica – julho/2011 – no 021



“... remindo o tempo, porque os dias são maus.” (Ef 5.17)

Vimos na semana passada que devemos viver bem a partir do entendimento que há um propósito para cada tempo da existência. Entender essa verdade e amoldar-se a ela impulsiona-nos a experimentar o que há de melhor nessa vida – amoldar-nos ao propósito do Criador.

Depois de admitir a realidade do propósito, perceber o tempo em que se está vivendo traz benefícios fantásticos a existência. Dentre tantas palavras da língua grega para expressar a idéia de tempo quero pensar em pelo menos duas delas. Primeiro o tempo cronos de onde vem cronômetro e a segunda kairós que significa oportunidade, um tempo fixo, determinado.

Quando pensamos em entender o tempo que se está vivendo, estamos pensando no Kairós, esse tempo de Deus. Essa oportunidade que nos abre para algo novo em nossa existência. Perceber o kairós e entrar nele ajuda-nos a aproveitar a vida em toda sua perspectiva.

Vale lembrar que aproveitar bem o tempo não significa viver apressadamente: “ando devagar porque já tive pressa”, nos ensina o cantor Almir Sater. Alguém sabiamente já disse que a pressa não é do diabo, ela é o diabo. G.K. Chersterson (1874-1936) o filósofo, poeta, teólogo e conferencista inglês já dizia: “uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que nos faz perder”. A questão não é correr, correr e correr. Também não estamos pensando em indisciplina, nem mesmo ausência de descanso. Entenda que o tempo que você gosta e precisa “perder”, já não é tempo perdido.

O que precisamos é em sintonia com Deus discernir as oportunidades e vivê-las bem. O profeta Jeremias (aprox. 650-570 a.C) revela que por vezes os ser humano com toda sua racionalidade não consegue perceber esse kairós e conseqüentemente voltar-se para Deus: “Até a cegonha no céu conhece as suas estações; a rola, a andorinha e o grou observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do SENHOR” (Jr 8.7). Se não percebemos o criador do tempo como poderemos perceber o tempo do criador?

Entendo que por motivos como este escreveu o sábio Salomão: “o coração do sábio conhece o tempo e o modo” (Ecl 8.5). Sim. Para entender o tempo e o nosso tempo, precisamos de sabedoria e esta procede somente de Deus: “porque o Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento” (Pv 2.6). Em última instância precisamos de Deus. Precisamos de sua sabedoria para viver a oportunidade que se nos apresenta hoje. Pense. Qual é o momento existencial que se encontra minha família? Qual o kairós está se processando na vida de meus filhos e cônjuge o qual devo aproveitar? Que oportunidades se abrem para mim profissio-nalmente? Que expectativas tenho daquilo que Deus quer fazer comigo hoje, ou amanhã?

Acima de tudo, o que está Deus fazendo em minha própria história? Porque estou vivendo tal e tal situação? Aprendamos que discernir o kairós de Deus tem tudo a ver com viver a vida em abundância. Adquirir sentido para a existência. Perceber-se amado pelo Pai Celeste. E naturalmente aproveitar o tempo juntamente com nossos queridos, com aqueles que estão ao nosso redor e com certeza quer viver intensamente o seu tempo junto com o nosso tempo. Você consegue discernir o seu tempo? Se sim, viva-o. Se não, peça ajuda ao Senhor do tempo, para aproveitar bem o seu tempo, pois os dias são maus.

Capelão Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

Vive-se para Deus entendendo o propósito no seu tempo

Capelania Institucional da Associação Educativa Evangélica – julho/2011 – no 020

Tudo tem o seu tempo determinado” (Ec 3.1).
Viver bem tem a ver com ser disciplinado, e ter disciplina implica em aproveitar bem o precioso tempo que se tem. O tempo é um mistério e tem um aspecto filosófico profundo onde homens e mulheres gastaram seus neurônios tentando decifrá-lo. A grande questão não é entender o tempo, como um aspecto filosófico, nem meteorológico, mas vivê-lo bem, discernindo os propósitos do criador para cada momento existencial. Assim, vive-se bem, em harmonia com este invólucro no qual estamos imersos e acima de tudo em sintonia com o Criador do tempo e dos propósitos. Victor Hugo (1802-1855) o escritor e poeta francês escreveu: “a vida já é curta e nós a encurtamos ainda mais desperdiçando o tempo”.
Salomão (1009 - 922 a.C), o sábio Rei de Israel, escreveu: Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu, e então, esclarece a afirmativa: tempo de nascer e morrer; de plantar e de arrancar o que se plantou; de matar e de curar; de derribar e de edificar; de chorar e de rir; de prantear e de saltar de alegria; de espalhar pedras e de ajuntar pedras; de abraçar e de afastar-se de abraçar; de buscar e de perder; de guardar e de deitar fora; de rasgar e de coser; de estar calado e de falar; de amar e de aborrecer; de guerra e de paz (Eclesiastes 3.1-8).
Em seguida Salomão ainda escreve: Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo (3.11). Entendendo essa verdade e que há tempo para todo propósito, penso que há três lições que podemos tirar deste poderoso aspecto que envolve toda nossa vida – o tempo. Quanto ao tempo precisamos admitir sua determinação, discernir seu propósito e vive-lo intensamente.
Primeiro: Precisamos admitir que há um tempo determinado para tudo. Há um Deus no controle da história que projetou um tempo para cada propósito. Cada aspecto da vida tem o seu tempo. Sem esse entendimento atropela-se a vida, ou melhor, a vida nos atropela. Então passamos a viver incoerentemente e chegamos a atrapalhar aqueles que ao nosso redor estão lutando para viver o seu tempo. Uma criança que a seu tempo se porta como tal encanta qualquer adulto, mas um adulto com atitudes de criança é uma tragédia. Querer rir num velório é trágico, mas dar gargalhadas numa festa é natural. Um adolescente enfrentando ebulições nas emoções é normal, mas um avô vivendo nas indecisões da adolescência é uma piada.
Admitir que existe um tempo próprio para cada idade e circunstancia da vida já é um ganho fantástico. Assim, evitaremos ser atropelados pela existência. Aproveitaremos o momento e viveremos bem apesar de nem sempre viver como queríamos, como diz o pensador: “a dor e alegria são cores da trama da vida”. Que Deus nos dê a graça de, ainda que não entendamos todos os aspectos dessa verdade, confiarmos em Sua bondade e sabedoria ao determinar os tempos certos para cada situação. Refletiremos mais sobre o tempo na próxima semana.
Capelão Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

Monday, June 13, 2011

O mundo precisa de homens e mulheres....

Nesses últimos dias encontrei-me com alguém que me fez ver algumas coisas e confirmou muito do que creio. Qualidades escassas em nossos dias. Fico feliz quando vejo pessoas que amam a Deus de verdade e de forma mais integral. Vou pontuar aqui alguns desses valores e oro para que minha própria vida e a sua também, sejam assim para a glória de Deus, o bem de nossa família, da Igreja e o avanço do reino com testemunho claro e contundente ao mundo. Além dos princípios básicos de vida devocional e familiar coerente, há alguns fatores que penso serem quase naturais aqueles que querem servir a Deus de forma integral. Por isso penso que:

1) Precisamos de pessoas que acima de funções e atribuições preocupam-se em ter um caráter parecido com o de Jesus de Nazaré. Nosso conhecimento não elimina nossa tarefa de moldar-nos a imagem do Filho de Deus (Rm 8.29). Nossas habilidades não são capazes de refrear os impulsos pecaminosos. Nosso crescimento pessoal pode não ser crescimento a semelhança do Nazareno. Assim, nosso primeiro alvo deve ser moldarmo-nos aquele ao qual todo homem e mulher deveriam parecer, ao invés de continuarmos seguindo e deixando crescer em nós o Adão medroso, covarde, fujão e omisso, ainda que este exteriormente exiba muitas coisas que agradam aos homens;
2) Precisamos de pessoas que se importam mais com o reino do que com seus títulos. Quero reafirmar que os títulos e tudo o que Deus coloca em nossas mãos são meios, não fins. São ferramentas, não a obra. São pontes, não o destino. Enfim, se aquilo que Deus nos dá se torna fim, então, tornou-se um ídolo em nossa vida, Deus se torna descartável e logo tudo se inverte e a vida perverte. Somos mais que as atribuições que temos ou recebemos;
3) Precisamos de pessoas que preocupam em gastar sua vida em prol do Reino de Deus, especialmente dos que tem menos recursos. O egoísmo é tão exacerbado e insuflado pela nossa sociedade, somando-se ao fato da igreja moderna estar tão ensimesmada que ao vermos alguns que se gastam pelo reino até assustamos. Vira artigo de luxo encontramos pessoas que lançam-se em Deus e seus propósitos, deixando de lado toda gloria, privilégio e honraria dos homens. Conheço homens que tendo cadeira cativa em Harvard, optaram por embrenharem no meio da Amazônia, afim de, levar o evangelho aos indígenas;
4) Precisamos de pessoas que vivem na simplicidade. Simplicidade não significa pobreza ou despreparo, mas sim, tendo preparo, bens e tudo o que se pode ter, não se apegar a tais quesitos, pelo contrário disponibilizar tudo isso em amor ao próximo e a glória de Deus. Se cremos mesmo que Tudo foi feito nEle, por meio Dele e para Ele, então devemos fazer uso de todos os recursos tecnológicos para agilizar as comunicações e tudo o mais que for preciso para o avanço do Reino. Vi um missionário europeu usando a internet e puxando a orelha de um brasileiro que queria usar o telefone. O raciocínio era o seguinte. Se temos a internet gratuita e a possibilidade de acessá-la, porque gastar com telefone? Otimizemos os recursos para abençoar mais vidas. Por outro lado, vejo pessoas de baixa condição social gastando as centenas de reais em aparelhos de celular e outros, mas acham um absurdo o preço de um livro de R$ 25,00, um acampamento de 10 ou 15% do salário mínimo, um congresso de R$ 300,00. É preciso mudar os valores. Precisamos viver a simplicidade usando as tecnologias existentes e investindo somente no essencial;
5) Precisamos de pessoas que mesmo entendendo que algumas tenham poucos recursos, nunca são tão limitados que não possam contribuir com nada. A famosa tese de que o pobre é miserável, coitadinho e incapaz precisa ser demolida. É verdade que a condição econômica baixa traz muitas limitações, mas é verdade também que pessoas podem se desenvolver, acima de tudo se aprender a investir o pouco que tem de forma sábia e prudente. Isso pode ser feito com acompanhamento, ajuda e direcionamento. Pessoas que só recebem, tendem a tornarem-se pedintes. Doar liberta, ensina administrar e acima de tudo leva a confiar no provedor de todas as coisas. Precisamos ensinar as nossas comunidades, por mais carentes que sejam a contribuir. As grandes e revolucionárias personalidades normalmente saíram das condições menos favorecidas e normalmente fizeram muito sem ter quase nada. Suas vidas e exemplos foram a força propulsora para angariar recursos em todos os sentidos para mudar realidades miseráveis;
6) Precisamos de pessoas que tenham ideais baseados num realismo-esperançoso. Que dizem não ao pessimismo! Da mesma forma, dizem não ao otimismo! Isso porque o primeiro aborta a esperança num Deus que muda realidades. O segundo ignora a realidade e sonha com o impossível, contudo, é preciso viver analisando a realidade cheio de esperança naquele que muda situações e circunstâncias e para isso chama sonhadores, que sonham com Ele, Nele e para Ele. Onde estão os sonhadores? Onde estão aqueles que ainda acreditam que Deus muda a história de famílias, de bairros, cidades, estados e até nações? Deus continua o mesmo e continua a chamar homens e mulheres que com Ele sonhem e vivam na perspectiva de serem poderosos instrumentos em suas mãos.
Concluo orando para que Deus levante pessoas que se importam com o que importa. Assim, trabalham mais pelo que Deus tem para fazer neles do que através deles. A batalha principal destes é assemelhar-se a Jesus de Nazaré. Valorizam mais o Reino de Deus que suas conquistas pessoais, desta forma investem suas vidas de forma prática e real no reino trabalhando de forma especial com aquelas pessoas e regiões que tem menos recursos, em todos os aspectos. Pessoas que vivam a simplicidade da vida desvencilhadas das inúmeras amaras que se apresentam como pretensas solucionadoras de todas as crises. Pessoas que estendam as mãos aos necessitados, mas também mostrem que estes podem e devem fazer o que lhes cabe. É preciso treiná-los desde o início para que não se tornem eternos pedintes. Precisamos de pessoas que continuem a sonhar. Imersos na realidade atual, mas também imersos na realidade Divina de tal forma que ainda que conheçam a situação, creiam num Deus que muda situações.
Somente estes experimentarão mais intensamente a verdade suprema que "honrar a Deus é alegrar-se nele para sempre”. Creia: A medida que honramos a Deus com tudo o que temos e somos, passamos a experimentar a alegria verdadeira que só Ele pode e quer nos dar.

Heliel Carvalho 13/06/11

Tuesday, June 07, 2011

Vive-se para Deus em comunidade

Capelania Institucional da Associação Educativa Evangélica – junho/2011 – no 016

Vive-se para Deus em comunidade

“se andarmos na luz, como ele [Deus] na luz está, temos comunhão uns com os outros...” (1Jo 1.7)
Deus é extremamente bondoso para conosco. Ele nos direciona através da Bíblia. Ele traçou um projeto de vida magnífico para nós: imitar a Jesus de Nazaré. Deu-nos ainda um canal aberto junto para respondermos positivamente a Ele e agora percebemos um outro fator essencial em nossa vivencia com Deus: É impossível trilhar essa caminhada solitariamente.
Pense na verdade expressa em alguns provérbios populares: “Uma andorinha só não faz verão”. Os chineses nos ensinam: “Se queres ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá acompanhado”. O sábio Salomão escreve: “busca seu próprio desejo aquele que se separa; ele insurge-se contra a verdadeira sabedoria” (Pv 18.1). Em outro contexto Salomão como que explica porque não é bom estar só: “Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro: mas ai do que pois, caindo, não haverá quem o levante” (Ec 4.10).
Quando tratamos da necessidade de se viver em comunidade, não estamos ignorando a necessidade de afastarmos periodicamente para reflexão, meditação, autoanálise e principalmente dialogar com Deus. Josh Billings (1818-1885) o humorista norte americano expressa bem essa visão ao escrever: “solidão: um lugar bom de visitar uma vez ou outra, mas ruim para adotar como morada”. Sim. Estabelecer morada com a solidão vai contra a própria natureza. Fomos criados a imagem e semelhança de Deus. Um Deus essencialmente comunitário.
Muitos ainda não entenderam a importância da comunidade para o autoconhecimento, a morte do egoísmo, o antibiótico contra algumas doenças da alma, a sinergia para ações mais concretas e efetivas aos necessitados e especialmente a alavanca para o crescimento integral, se essa comunidade tem Deus como eixo norteador. Na comunidade a força do todo é bem maior que a força de cada um em separado. Como diz o provérbio: “a união faz a força”. Eu diria a união com as motivações corretas, para o bem do próximo e a honra de Deus faz proezas.
Ainda que concorde com o escritor Japonês Soseki Natsume (1867-1916) quando escreve: “A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo”, entendo que esta não é a única opção de vida. Deus bondosamente levanta homens e mulheres com os quais podemos trilhar juntos a jornada da existência. Deus nos dá uma família consangüínea a qual devemos preservar assim como se cuida de uma delicada planta ornamental, mas também nos dá uma família da fé a qual devemos dar igual valor.
Pense nisso. O quanto você se esforça para viver comunitariamente? O quanto você valoriza reuniões comunitárias que de fato promovam o bem? O quanto você se esforça para participar de uma igreja, onde mais do que assistir a reunião você é um participante ativo e assíduo, tornando-se alguém que soma esforços para a saúde emocional, espiritual e relacional do grupo?
Como iniciamos, terminamos. Se andamos em Deus teremos prazer em viver em comunidade. Ainda que não seja uma relação fácil é extremamente salutar e benéfica.
Capelão Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

Thursday, June 02, 2011

Manifesto em favor da liberdade de consciência e de expressão

Ontem tive o privilégio de estar com uma equipe de Líderes evangélicos, como o Dr. Carlos Hassel Mendes, Augustus Nicodemos, Euler Bahia, dentre outros, no congresso para a entrega do manifesto abaixo. Fiquei feliz de ver como Deus tem levantado um povo com coragem e ousadia para enfrentar o tsuname infernal que tem se levantado contra a família brasileira.
Confira...

Manifesto em favor da liberdade de consciência e de expressão

Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo! [Voltaire]


Tendo em vista a tramitação no Senado Federal do Projeto de Lei da Câmara nº 122/2006 (Projeto de Lei nº 5003/2001), que criminaliza toda e qualquer manifestação contrária à orientação sexual da homossexualidade,

Entendemos que:
• vivemos numa sociedade multicultural e plural em que a liberdade é um dos principais pilares de sustentação;
• a liberdade só é possível se houver a concretização da liberdade de consciência e de expressão;
• a liberdade de consciência tem a ver com o que cada indivíduo crê interiormente, enquanto que a liberdade de expressão é a manifestação externa dessas crenças;
• o Artigo 5º da Constituição, em seu caput, afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de quaisquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade;
• neste mesmo artigo, ao tratar dos direitos e garantias fundamentais, a mesma Constituição afirma que (IV) é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; e que (VI) é inviolável a liberdade de consciência e de crença ...
• a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 expressa em seu Artigo 18 que todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião ... e no Artigo 19 que toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras;
• se todos são iguais, todos, sem distinção, podem expressar privada e publicamente suas ideias, pensamentos e crenças, declarando o que acreditam e os motivos pelos quais acreditam de determinada forma e não de outra, desde que os direitos dos outros sejam respeitados;
• não deve haver discriminação contra qualquer pessoa e suas escolhas individuais;
• o próprio texto do projeto original do PLC 122/2006 (nº 5.003/2001) salienta que a orientação sexual é direito personalíssimo, atributo inerente e inegável à pessoa humana ... Trata-se de respeitar as diferenças e assegurar a todos o direito de cidadania ... Nossa principal função como parlamentares é assegurar direitos, independente de nossas escolhas ou valores pessoais. Temos que discutir e assegurar direitos humanos sem hierarquizá-los. [grifo nosso]

Neste sentido, declaramos que:

• o referido Projeto de Lei da Câmara 122/2006, ao tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade, incita à discriminação ao promover a censura da consciência e da expressão, promove a violência defendendo a liberdade para uns e suprimindo a liberdade para outros, desprezando o que é conhecido no Direito como “princípio do contraditório e da ampla defesa” [audiatur et altera pars - “ouça-se também a outra parte”] que é a liberdade de análise e posicionamento contrário às expressões ou manifestações de outras pessoas em qualquer área da vida;

• na democracia a liberdade que se expressa por intermédio dos valores individuais e mesmo de segmentos da sociedade não pode privilegiar o direito de liberdade de consciência e de expressão de uns em detrimento ao direito de outros;

• não é possível concordar com qualquer lei que maximize direitos a um determinado grupo de cidadãos e, ao mesmo tempo, minimize, atrofie e faleça direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna da Nação e pela Declaração Universal de Direitos Humanos.

Sendo assim,

MANIFESTAMOS nossa posição contrária a qualquer forma de violência e discriminação contra o ser humano, afirmando, por um lado, o respeito devido a todas as pessoas independentemente de suas escolhas sexuais, e, por outro, afirmando o direito da livre consciência e expressão de cada pessoa;

CONCLAMAMOS os representantes do povo no Congresso Nacional que se posicionem a favor da ampla liberdade de consciência e expressão de todos, sem distinção e discriminação, rejeitando qualquer dispositivo que promova a censura e amordacem a liberdade e o direito individual de consciência e livre expressão; e,

CONCLAMAMOS as demais instâncias da República, cidadãos e líderes de instituições sociais, que se unam em defender o respeito à pessoa e a garantia dos direitos individuais, preservando a liberdade de consciência e de expressão de cada um e de todos, sem que se privilegie qualquer segmento de nossa sociedade, o que ameaça a democracia, patrimônio de todos.

ABIEE - Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas – www.abiee.org.br
Presidente: Carlos Hassel Mendes

Demais signatários
Entidades:
ABLIRC - Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania
Presidente: Samuel Gomes Luz

ACSI - Associação Internacional de Escolas Cristãs
Presidente: Mauro Fernando Meister

A.E.E – Associação Educativa Evangélica
Presidente: Ernei de Oliveira Pina

AECEP- Associação das Escolas Cristãs de Educação por Princípios
Diretora: Adriana Helena Dias da Silva

ANEB- Associação Nacional de Escolas Batistas
Presidente: Valseni Pereira Braga

ANEP- Associação Nacional de Escolas Presbiterianas
Presidente: Didimo de Freitas

COGEIME- Conselho Geral das Instituições Metodistas de Ensino
Presidente: Paulo Roberto de Lima Bruhn
Diretor Superintendente: Márcio de Moraes


Igrejas:
Convenção das Igrejas Evangélicas Holiness do Brasil
Presidente da Diretoria: Pr. Luiz Takeshi Hashimoto

Igreja Anglicana, da Diocese de Recife
Dom Robinson Cavalcanti

Igrejas Batistas
Convenção Batista Brasileira
Presidente: Pr. Paschoal Piragine Júnior
Diretor Executivo: Pr. Sócrates Oliveira de Souza

Igreja do Exército de Salvação
Comissário Oscar Percy Sánchez Mc Clinton

Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Presidente da Igreja: Pr. Egon Koperek

Igreja Metodista
Presidente do Colégio Episcopal: Bispo João Carlos Lopes

Igreja Metodista Livre
Presidente da Igreja: Bispo José Ildo Mello

Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil
Presidente da Assembléia Geral: Pr. Clodoaldo de Souza Caldas

Igreja Presbiteriana do Brasil
Presidente: Rev. Roberto Brasileiro Silva

Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
Presidente da Igreja: Rev. Áureo Rodrigues de Oliveira

Igreja Adventista do Sétimo Dia
Divisão Sul Americana
Presidente: Pr. Erton C. Köhler

União Central Brasileira
Presidente: Pr. Domingos José de Souza

União Centro-Oeste Brasileira
Presidente: Pr. Helder Roger Cavalcanti

União Este Brasileira
Presidente: Pr. Maurício Pinto Lima

União Nordeste Brasileira
Presidente: Pr. Geovani Souto de Queiroz

União Noroeste Brasileira
Presidente: Pr. Gilmar Zahn

União Norte Brasileira
Presidente: Pr. Leonino Barbosa Santiago

União Sul Brasileira
Presidente: Pr. Marlington Souza Lopes

Friday, May 27, 2011

AMEM AO AMADO.

Amem ao Amado
Quero deixar com você alguns pensamentos maravilhosos da Palavra de Deus, sobre amar a Deus. Logicamente que “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19).
Veja o que ocorre com quem ama a Deus. Estes:
1. São ricos em fé e herdeiros do seu reino. Deus é bom e nos escolheu por amor, não porque achou algo especial em nós, mas por Sua livre graça: “Ouçam, meus amados irmãos: não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam?” (Tg 2.5). E por sermos amados de Deus ele nos enche de fé e nos enriquece em vida com Ele e ainda nos dará o seu reino se continuarmos amando-o;
2. Tem o que é mais preciso, lindo e excelente do universo - Jesus. “Todavia, como está escrito: "Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam" (1Cor 2.9). Será que o que Ele tem para nos acontecerá só na eternidade ou inicia-se aqui e prossegue até a eternidade?;
3. São cuidados pelo Senhor. Veja o que escreve o salmista: “O Senhor cuida de todos os que o amam, mas a todos os ímpios destruirá” (Sl 145.20). Que pesado não? Mas que benção, se o amamos, não?;
4. São mantidos por sua misericórdia. Ele é misericordioso: “Então eu disse: Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível, fiel à aliança e misericordioso com os que o amam e obedecem aos seus mandamentos” (Ne 1.5; Sl 119.132);
5. São cheios de alegria e júbilo. “Alegrem-se, porém, todos os que se refugiam em ti; cantem sempre de alegria! Estende sobre eles a tua proteção. Em ti exultem os que amam o teu nome” (Sl 5.11);
6. Tem a promessa que sua geração será abençoada. Se amamos a Deus de verdade até a nossa geração futura será profundamente abençoada: “Saibam, portanto, que o Senhor, o seu Deus, é Deus; ele é o Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade por mil gerações daqueles que o amam e guardam os seus mandamentos” (Dt 7.9);
7. Perseveram em meio a muitas lutas. Amar ao Senhor implica em perseverar amando-o mesmo no meio das lutas da existencia: “Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam” (Tg 1.12);
8. Tem a tranquilidade de saber que todas as coisas cooperarão para o seu bem. Amar a Deus implica em ter uma tranquilidade abençoadora, pois se permanecemos nEle, sabemos que todas as coisas vão contribuir para o nosso bem: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Rm 8.28);
9. Sabem que o Senhor nunca os abandonará. Perceba como Daniel se expressa diante do Senhr: “Orei ao Senhor, ao meu Deus, e confessei: "Ó Senhor, Deus grande e temível, que mantém a sua aliança de amor com todos aqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos” (Dn 9.4);
10. Regozijam-se Nele e se alegram com a sua salvação. “Mas regozijem-se e alegrem-se em ti todos os que te buscam; digam sempre aqueles que amam a tua salvação: "Grande é o Senhor!"” (Sl 40.16);
11. São amados por Deus e Deus se deixa encontrar por eles. “Amo os que me amam, e quem me procura me encontra” (Pv 8.17);
12. Amam a Palavra, tem paz e não vivem a tropeçar. “Os que amam a tua lei desfrutam paz, e nada há que os faça tropeçar” (Sl 119.165);
13. Alcançaram a graça constante do Senhor. “A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo com amor incorruptível” (Ef 6.24);
14. Odeiam o mal. “Odeiem o mal, vocês que amam o Senhor, pois ele protege a vida dos seus fiéis e os livra das mãos dos ímpios.” (Sl 97.10);
15. Foram alcançados por Deus de tal forma que amam a Jesus mesmo não o vendo: “Mesmo não o tendo visto, vocês o amam; e apesar de não o verem agora, crêem nele e exultam com alegria indizível e gloriosa,” (1Pd 1.8);
16. Tem um destino certo e vitorioso. “Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda” (2Tm 4.8);

Sabemos que amamos ao Senhor porque ele nos amor primeiro, contudo essa verdade não nos invalida de pedirmos a Deus graça para amá-los mais e mais. Aqueles que amam a Deus tem benefícios tremendos que são: Eles São ricos em fé e herdeiros do seu reino; Tem Jesus o bem mais preciso, lindo e excelente do universo; São cuidados pelo Senhor; São mantidos por sua misericórdia; São cheios de alegria e júbilo; Tem a promessa que sua geração será abençoada; tem de Deus forças para perseverar em meio a muitas lutas; Tem a tranquilidade de saber que todas as coisas cooperarão para o seu bem; Sabem que o Senhor nunca os abandonará; Assim, regozijam-se Nele e se alegram com a sua salvação; sabem que são amados por Deus e Deus se deixa encontrar por eles; Eles também amam a Palavra, tem paz e não vivem a tropeçar; Alcançaram a graça constante do Senhor; Odeiam o mal, pois foram alcançados por Deus de tal forma que amam a Jesus mesmo não vendo-o; Vivem tranquilos pois entendem que tem destino certo e vitorioso. Por isso, ou seja, por perceber tamanho glória que é amar a Deus e ver que alguns não o amam Paulo escreve: “Se alguém não ama o Senhor, seja anátema (maldito). Maranata!” (1Cor 16:22).
Deus te abençoe, hoje e sempre e te ajude a amá-lo mais e mais.

Friday, May 20, 2011

Últimas palavras sobre o PLC 122

Vivemos em um país democrático. Apesar dos mandos e desmandos do partido trabalhista no poder, não podemos sequer por um segundo comparar o Brasil com a China comunista (onde ainda hoje o acesso à internet é controlado), com a Cuba socialista (onde se prendem e matam dissidentes políticos), com países em que o islamismo é a religião dominante (onde gays e cristãos são assassinados com a conivência do governo e do povo). De modo geral, os brasileiros têm asseguradas suas liberdades fundamentais.

No entanto, há aqui uma perseguição não-violenta, que com raras exceções é informal, subjetiva e dispersa — uma perseguição que não vem com força de lei, mas é exercida de acordo com preferências pessoais, acentuadas segundo as circunstâncias. Não juntei à toa “gays e cristãos” no parágrafo acima: assim como são igualmente visados nos países muçulmanos, acredito que, no Brasil, ambos os grupos se assemelham no modo de perseguição sofrida. Chocante a ideia? Explico.

Nas universidades públicas, onde caminhões de literatura “libertária” anticristã são despejados há décadas, os perseguidos da vez são os cristãos, associados a um conservadorismo rançoso e a estreiteza mental. O estudante cristão precisa aguentar calado em sala de aula uma quantidade impressionante de bobagens sobre o cristianismo, quando não se depara com insultos diretos, tanto do professor quanto das obras que precisa ler. Deve cuidar para não sentir-se desmotivado ao ouvir, vezes sem conta, que o conteúdo das matérias que estuda “é incompatível com a fé cristã” ou que a abertura de espírito necessária à investigação científica é inversamente proporcional a sua lealdade religiosa. Se teima em proclamar o que crê em alto e bom som no ambiente universitário, ou se apenas decide integrar o cristianismo a seus horizontes como um dado a mais, o aluno é tolhido em seus trabalhos e vigiado em sua trajetória. Caso escolha a carreira acadêmica, se não for barrado pelos professores da bancas, será considerado pela maioria um outsider, indigno de apreciação intelectual verdadeira. E o mesmo banimento dos cristãos pode ser verificado na quase totalidade dos veículos de produção cultural do país.

E onde os gays são mais perseguidos? Não é na família em primeiro lugar: hoje, pai e mãe aceitam com cada vez mais naturalidade a “opção” dos filhos. Não é no ambiente escolar e acadêmico: professores gays que se assumem são até considerados mais divertidos. Em funções associadas a moda, beleza e artes em geral, o gay que sai do armário é recebido com palmas. Talvez o profissional encontre alguma dificuldade em meios que exigem maior sisudez, como o do direito. Mas creio que a discriminação mais pesada se dá nas vias públicas, nos ajuntamentos, onde se suscita muitas ocasiões para a perda das boas maneiras. Já presenciei uma espécie de bullying insistente sofrido por um homossexual bem feminino que caminhava pelas calçadas do centro de Niterói. As provocações duraram o trajeto de uma rua inteira e os machões que as proferiam se sentiam totalmente à vontade. Abomino esse tipo de coisa e não queria estar na pele dele/dela naquele momento. Quanto à violência, a história é outra: quem surra e mata homossexuais também surra e mata índios, mendigos, mulheres, estrangeiros ou qualquer outra pessoa em situação de vulnerabilidade. Estou falando de perseguidores, gente que até pode ser imbecil, mas que é normal; não de psicopatas.

Como na universidade tanto alunos como professores gostam de mostrar-se liberais (dá status), não há muita ocasião para manifestações contra gays. Pelo contrário: na Letras, por exemplo, há uma linha de estudos todinha dedicada a eles. (Não há, que eu conheça, uma linha de estudos que seja cristã.) Por outro lado, os cristãos não estão livres do bullying, nem em suas próprias famílias, nem entre amigos. Quando me converti, aguentei inúmeras piadas e expressões de desagrado. E também perdi amigos. Há quem tenha perdido o afeto de toda a família, sobretudo quando seus membros eram muito apegados a outras religiões. Sei que gays passam pelas mesmas tristezas. Nem sempre essa faceta difícil é revelada em público pelos crentes, pois preferimos falar de Jesus (o objeto de nossa fé) em vez de insistir em nossas desventuras (que são ínfimas se comparadas à alegria da salvação).

E aqui chego a meu ponto. Sim, somos perseguidos de modo semelhante. Mas há uma diferença, ou melhor, duas. A primeira é política: no Brasil de hoje, a simpatia generalizada pelo homossexualismo se tornou uma conquista prioritária para o governo. A midia e instituições de ensino (debaixo de um controle estatal grande demais para nossa condição de país democrático) têm refletido várias estratégias massivas para ganhar essa simpatia (a última delas foi o tal “kit gay”). Quanto aos cristãos, o normal e aceitável há muito tempo é a antipatia generalizada: falar mal de padres e pastores, inventar personagens “evangélicos” caricatos e histriônicos para as novelas, fazer piadas sobre o Deus da Bíblia, ridicularizar a fé, tudo isso é até “bonito” aos olhos dos formadores de opinião. Assim, podemos afirmar que os dois grupos estão em condições bastante desiguais: as consequências da perseguição anticristã são mais graves, pois não temos o governo como parceiros no fomento de uma imagem mais aceitável — e nem queremos: do governo, só esperamos que trate a todos com verdadeira igualdade, sem favorecimentos injustos (nem “kit gay”, nem “kit crente”: ao governo não cabe doutrinar nossas crianças, e um governo laico não deve impor uma religião disfarçada, como nos tempos do paganismo).

A segunda diferença é mais profunda, psicológica e espiritual: como se reage à perseguição? Se são fiéis às orientações de Jesus, os cristãos oram por seus perseguidores e os tratam com bondade, de acordo com Mateus 5.24. Já os gays se juntam em lobby para instaurar leis opressivas contra quem os persegue. Sei que pareço cometer uma injustiça quando generalizo, usando o termo “os gays”. Mas me pergunto: onde estão os homossexuais que não querem seus nomes associados a coações jurídicas? Onde estão seus blogs, suas petições, suas passeatas? Peço a vocês, homossexuais que não concordam com nada disso: levantem-se e clamem, por favor, antes que, caso aprovem o PLC 122, seja fomentada no país uma verdadeira cultura da imposição gay. A pecha de “autoritário”, em nossos dias, não é nada agradável. Vocês realmente acham que a opinião pública ficará a seu favor quando começarem a punir indiscriminadamente, subjetivamente, os ofensores “homofóbicos”? (E se puníssemos os “cristofóbicos” da universidade, como seria?) Por que não estimulam que se reaja com mais nobreza aos ataques não-violentos? (Contra os ataques violentos já existe lei.) Se vocês não são religiosos, precisam concordar, pelo menos, que o exemplo de Jesus é inspirador.

Quanto aos cristãos, há décadas ninguém dá a mínima por eles. Continuaremos sofrendo zombarias, desprezo, ameaças. O que faremos? Elaboraremos leis para calar à força e mandar para a prisão quem nos persegue? Não, de modo algum. Que Jesus nos ajude a cumprir a vontade do Senhor: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.”

Norma Braga
http://normabraga.blogspot.com/2011/05/ultimas-palavras-sobre-o-plc-122.html

Monday, May 02, 2011

Vivendo para Deus (I)

Capelania Institucional da Associação Educativa Evangélica – Abril/2011 – no 010

Vivendo para Deus

“Deus ... trabalha para aquele que nele espera.” (Is 64.4)
Viver para Deus não é o mesmo que fazer coisas para Ele, antes é em primeiro lugar servir-se dEle. Enganamo-nos quando pensamos que para servir temos muito a fazer e a dar para Deus. Ele não precisa de nada, Ele é dono de tudo.
A ênfase bíblica é que Deus é o grande servidor do Universo, ou diríamos o Doador Universal. Senão veja: O profeta Isaías escreve cerca de 700 a.C. “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera” (Isaías 64.4). O mesmo Deus que fez o Universo também age em favor daqueles que nEle esperam. Qual o requisito para ter Deus trabalhando por você? Esperar em Deus ao invés de agir do nosso próprio jeito.
Se não bastasse tais declarações de Deus, ainda vemos Jesus de Nazaré resumindo sua missão da seguinte forma: “...o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mateus 20:28). Jesus o Filho de Deus, veio ao mundo para servir ao invés de ser servido. Ele contraria toda expectativa humana tanto no sentido que o ser humano gosta de ser servido quanto no sentido que a humanidade esperava um rei cheio de pompa e vassalos a seu serviço. Qual o quesito para receber o trabalho de Jesus? O quesito é fazer a obra de Deus. Como se faz a obra de Deus? “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (João 6:29). Aquele que crê em Jesus recebe os benefícios de seu serviço, do passado, presente e futuro.
Se não bastasse Deus ter nos servido desde o passado nos planejando e criando um futuro para nós. Possibilitando-nos crer em Jesus e receber seus benefícios no presente, Ele ainda planejou servir-nos no futuro, na sua segunda vinda. Veja o que diz Jesus sobre o serviço que pretende prestar aqueles que nEle confiarem até o fim. “Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando voltar. Eu lhes afirmo que ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los” (Lucas 12:37). Qual o requisito para ser servido por Jesus? Viver nEle, por Ele e para Ele até o fim, então ele “vestirá para servir... virá servi-los”.
Deus nos serve desde a eternidade. Ele nos projetou, trouxe a existência e nos mantém. Ele pede que esperemos Nele enquanto trabalha por nós e em nós. Jesus nos serviu com Sua vida e espera que creiamos nEle. O Espírito Santo trabalha em nós e por nós. Jesus nos servirá em seu retorno e quer que vigiemos até sua volta. Somos servidos no passado, presente e futuro.
O que isso tem a ver com viver para Deus? Para viver para Deus preciso entender que vivo pela graça e toda glória deve ser dada a Ele. Que por ser servido, não tenho motivo para orgulhar de nada. Devo ser humilde, dar honra aquele que me serve e ter prazer em servir aos outros. Assim servimos a Deus glorificando-o e servindo outros, pois já fomos, somos e seremos sempre servidos por um Deus maravilhosamente bom.
Capelão Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

Thursday, April 28, 2011

Para que fomos criados?

Capelania Institucional da Associação Educativa Evangélica – Abril/2011 – no 010

“... a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória...” (Isaías 43.7)
Alguns entendem que foram criados casar, outros para divertir, outros para trabalhar, outros para promover filantropia, curtir a vida, desempenharem-se bem, tornarem bem de vida, ganhar muito dinheiro, enfim, há tantas motivações quanto a diferenças de personalidades. Mais será que tais propósitos são tão abrangentes que conseguem preencher todas as lacunas de nossa existência?
Da perspectiva bíblica, Deus nos criou para sua glória, o que significa que Ele quer ter um relacionamento conosco por meio de Jesus. Que Ele quer nos ver realizados e felizes nEle. A pergunta que surge a partir da proposta é: mas viver para Deus não é um peso? Não é maçante adorá-lo? Eu responderia com outra pergunta: É pesado para a adolescente que ama a Giselle Bündchen imitá-la e gastar tempo apreciando-a? É pesado para o garoto que admira o Robinho ou Kaká ler sobre o mesmo, segui-lo em seus sites, blogs e twiters? Obviamente que não. Assim como não é peso para a garota e o garoto viver quase que totalmente em função daqueles que eles amam, assim também não será peso para quem teve um encontro com Deus através de Jesus, viver para a Sua glória.
Afinal a ilustração acima é perfeita. Em primeiro lugar, a menina que viu a Gisele, foi magnetizada pela sua beleza e esta passou a exercer uma atração sobre a mesma. Depois de olhar eles se encantam, admiram, gostam das habilidades ou da beleza e da magia que os envolve. O segundo passo é querer imitá-la. Assim, começam a comprar as roupas e sapatos iguais ou no mínimo parecido com os deles. Procuram fazer com que seus cabelos fiquem semelhantes aos deles. Querem ver seus corpos moldados até onde podem para parecer com o corpo daqueles que os encantaram. Ainda um terceiro passo nesse quesito é o que chamamos hoje de fãs. Naturalmente os admiradores passarão a falar para seus colegas, amigos e familiares das qualidades daqueles aos quais eles gostam.
Viver para a glória de Deus não é diferente. Em primeiro lugar, quando Deus se revela ao ser humano, este fica extasiado com sua beleza, capacidade e inteligência. Características que na teologia é descrita como santidade, poder e sabedoria. Não há uma pessoa que tenha tido vislumbres da bondade de Deus e não tenha rendido a Ele. Em segundo lugar, vem o desejo de imitá-lo. Nesse sentido imitamos a Deus ao imitar seu Filho Jesus de Nazaré. Eis a maior forma de glorificarmos a Deus. E em terceiro lugar, naturalmente, comunicamos com nossos amigos e familiares o impacto que Deus tem produzido em nossa vida. Desta forma, glorificamos a Deus com aquilo que chamamos de testemunho. Falamos a outros do bem que alcançamos ao ser amado por Deus e conseqüentemente ao amá-lo.
Assim, nosso desafio é viver para a glória de Deus, ao percebê-lo, lutar para parecer com Ele e revelar sua beleza a outros. Viva assim! Desta forma você saberá o que é vida.
Capelão Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

Monday, April 18, 2011

Páscoa – a verdadeira liberdade

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32).
A páscoa foi celebrada, em primeira instância, ao comemorar a saída dos Israelitas do Egito, por volta de 1200 a.C, onde estavam escravizados a mais de 400 anos. Sendo este o evento mais importante do povo judeu, era comemorado anualmente em família, com uma semana de descanso, culto ao Senhor e refeições especiais. Na maioria das casas um cordeiro ou cabrito macho, de um ano, sem defeito, era morto para ser saboreado enquanto os pais contavam aos filhos a história da libertação que Deus proporcionou ao seu povo, ao livrá-los das mãos opressoras dos egípcios. Parte do sangue do animal deveria ser passada nos portais da casa relembrando que nos seus últimos momentos na terra da escravidão, tal ação aconteceu visando libertar os primogênitos da morte pelo anjo destruidor.
O povo seguiu celebrando a páscoa perpetuamente até o início da era cristã, quando esta festa foi redimensionada. Agora com a morte de Cristo, Deus revelou a seu povo o significado da páscoa. O cordeiro que estava sendo morto simbolizava o próprio Cristo descrito por João Batista como o “cordeiro de Deus”. O fato de o cordeiro ser novo, sem defeito, simbolizava que Jesus era o único ser humano sem pecado algum, ao qual Deus escolheu para ser aquele que ofereceria a si mesmo para perdoar homens e mulheres que nEle cressem. E ainda, o sangue passado nos portais simbolizava o sangue de Jesus Cristo, derramado em favor daqueles que nEle confiavam provocando assim a mais poderosa libertação que um ser humano pode experimentar.
Em Jesus a páscoa ganha seu verdadeiro sentido. Nele há a possibilidade de verdadeira liberdade. Ele diz que se conhecermos a verdade ela nos libertaria. Depois Ele mesmo diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6).
Assim, a páscoa, representando a ressurreição de Cristo, leva-nos a lembrar do Cordeiro perfeito: Jesus, não do coelho; De Jesus Cristo, o Filho de Deus, não do ovo; Da morte, representando a dor que Ele sofreu por nós, e a ressurreição, representando a alegria que ganhamos nEle, muito mais do que do comer um chocolate gostoso; Da libertação que ele nos proporciona, não da escravidão do consumismo; Da vida que Ele trouxe e que pode aniquilar a morte da depressão, da angústia, da solidão e da fuga; Nos lembra a comunhão que temos com Deus por meio dEle e não do isolamento adoecedor que tentamos viver; Que Jesus nos coloca numa família consangüínea e noutra maior chamada igreja, ao contrário, de nos acharmos fortes e suficientes para resolver nossas dores e angústias sozinhos; Que o que reina, devido a ressurreição de Cristo é a vida e vida em abundância e não a morte; Que assim como Ele nos perdoou, devemos perdoar nosso próximo; Que da mesma forma que Ele nos amou, devemos amar quem está do nosso lado; Que assim como Ele não viveu para si, é suicídio pensar somente em nós; Que assim como Ele se doou totalmente a Deus, não temos outra escolha se quisermos experimentar a verdadeira liberdade, devemos nos doar a Ele. Lembremos que nossa vida vai além de trabalho, família e consumo, somos chamados para viver e nos preparar para a eternidade nEle, com Ele e para Ele.
Viva a páscoa com alegria! Viva a verdadeira liberdade encontrada na Pessoa de Jesus de Nazaré.
Capelão Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

BBB

BIG BROTHER BRASIL

Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.



Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

Wednesday, January 19, 2011

Te rendemos graças Senhor por 2010, e pedimos sabedoria para 2011.

Somos gratos a Deus pela vida que nos deu. Louvamos ao Pai por nos dar mais um ano de existência e entendemos que necessitamos de sabedoria para nossa caminhada em 2011. Logicamente que precisamos de Deus e estando Nele, teremos também a sua preciosa sabedoria.
A questão que fica é: Deus prometeu dar sabedoria a seu povo? Em que medida Ele dará da Sua sabedoria? Mais, se Ele prometeu, como deve ser a aplicação dessa sabedoria na vida diária? Como é a sabedoria de Deus? E a quem Ele a Dá? Vamos tentar responder tais perguntas através de alguns versículos do Livro Sagrado.

1. A sabedoria foi prometida por Deus:
Tiago 1:5 "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida." Tiago inspirado pelo Espírito, escreve que se alguém se percebe falto de sabedoria precisa pedir socorro a Deus. Precisa ainda entender que a fonte desta é Deus somente. Salomão já ensinara: “Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento” (Pv 2.6). Deus tem prazer em ver seu povo sendo sábio, inteligente e cheio de entendimento em primeiro lugar Dele e também em todos os aspectos da vida. Peça a sabedoria prometida;

2. A sabedoria é dada liberalmente.
Deus é rico em compartilhar seus dons. Deus sempre dá mais do que precisamos. Ele promete “derramar sobre vós benção sem medida” (Ml 3.10), e que dará “boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente [...] darão” (Lc 6.38), aqueles que são fieis contribuintes de sua obra. João ainda registra, “Deus não dá o seu Espírito por medida” (Jo 3.34). Da mesma forma Deus não dá sua sabedoria de forma mesquinha, ao contrário, Ele a dá liberalmente. "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida" (Tg 1.5). Experimente da sabedoria dada por Deus;

3. A sabedoria deve ser aplicada de acordo com a sua essência.
Isso significa que a sabedoria dada por Deus deve ser vivida sabiamente. Aqui está a regra para saber se a sabedoria foi dada por Deus ou não. Se ela foi dada pelo Senhor, ela será aplicada de forma a dar bons frutos. "Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras" (Tg 3:13). A sabedoria diária deve ser evidenciada através da mansidão. A forma de se viver deve evidenciar a natureza do que se crê e se fala. Os frutos da vida diária serão resultantes da vivencia sábia. Enfim, a aplicação da sabedoria deve acontecer nas ações diárias com procedimento e frutos de acordo com a beleza da sabedoria divina. Viva a sabedoria divina no dia a dia;

4. A sabedoria de Deus tem os seguintes frutos.
O fato de absorvemos a sabedoria de Deus fará com que tenhamos preciosos frutos em nossa vida. Tiago escreve: "A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento" (Tiago 3:17). O Espírito ensina que a sabedoria vinda de Deus gera os frutos que são puros, ao contrário de sujos e maculados. Pacíficos. A ação da sabedoria não gera guerra, discórdia ou aversão, mas paz. Bondosos, conveniente e gentil ao invés de estúpida e cheia de maldade. Tratável, ou seja, disposto a ceder, ao invés de agir na gritaria, discórdia e fuga rebelde da situação. Plenos de misericórdia e bons frutos ao invés de condenadora e com frutos podres. Imparcial ao invés da parcial. Algo tão peculiar nos seres humanos quando vão tratar de si mesmos, filhos ou amigos. Sem fingimento, ao contrário daquela sabedoria disfarçada de hipocrisia, dissimulação, olhares tortos e perversões que destroem amizades. A partir da postura das pessoas nos seus relacionamentos se percebe onde as mesmas estão bebendo a sabedoria. Deixe que os frutos de sua vida evidenciem a origem de Sua sabedoria;

5. A sabedoria de Deus é dada aos retos.
Por ultimo e não menos importante é saber a quem Deus dará a sua sabedoria. Salomão nos mostra que: “Ele [Deus] reserva a verdadeira sabedoria para os retos” (Pv 2.7). Aqueles que querem honrá-lo, que almejam andar nos seus caminhos. A esses Ele prazerosamente dá a Sua Preciosa e santa sabedoria. Então, ame mais a Deus do que a Sua sabedoria, desta forma você terá tanto um quanto o outro, ou seja, Deus e Sua sabedoria.

Neste ano que se inicia, precisamos de sabedoria para viver bem. Sabedoria que é a prática do saber. Muito diferente de intelectualismo, memorização de idéias e conceitos, acúmulo de conhecimento, informação atualizada ou qualquer coisa nesse sentido. A sabedoria pode envolver tais aspectos da vida, mas ultrapassa e em muito a todos estes, pois um analfabeto pode ser mais sábio do que um pós-doutor, ainda que não tenha conhecimentos específicos naquela área.
Entendamos então que Deus é a fonte da sabedoria. Jesus é a personificação da sabedoria (Lc 11.31), maior e mais sábios que todos os sábios que já existiu e existira. Ame-o de todo coração. Ele tem interesse em distribuir sabedoria liberalmente aqueles que se percebem como necessitados dela. Essa sabedoria é dada essencialmente para os relacionamentos, seja com Deus e com o próximo. Assim a aplicação da sabedoria tem tudo a ver com ser sábio. A sabedoria divina infundida nos humanos só tem bons frutos. Mais, a sabedoria não é dada a qualquer um, contudo é dada aqueles que vão aplicá-la para a glória de Deus e o bem do próximo. Que busquemos, esperemos, nos enchamos e vivamos na sabedoria verdadeira que somente Deus pode nos dar.

Feliz 2011 com Jesus Pr. Heliel, família e a liderança da Igreja Antioquia