Tuesday, June 07, 2011

Vive-se para Deus em comunidade

Capelania Institucional da Associação Educativa Evangélica – junho/2011 – no 016

Vive-se para Deus em comunidade

“se andarmos na luz, como ele [Deus] na luz está, temos comunhão uns com os outros...” (1Jo 1.7)
Deus é extremamente bondoso para conosco. Ele nos direciona através da Bíblia. Ele traçou um projeto de vida magnífico para nós: imitar a Jesus de Nazaré. Deu-nos ainda um canal aberto junto para respondermos positivamente a Ele e agora percebemos um outro fator essencial em nossa vivencia com Deus: É impossível trilhar essa caminhada solitariamente.
Pense na verdade expressa em alguns provérbios populares: “Uma andorinha só não faz verão”. Os chineses nos ensinam: “Se queres ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá acompanhado”. O sábio Salomão escreve: “busca seu próprio desejo aquele que se separa; ele insurge-se contra a verdadeira sabedoria” (Pv 18.1). Em outro contexto Salomão como que explica porque não é bom estar só: “Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro: mas ai do que pois, caindo, não haverá quem o levante” (Ec 4.10).
Quando tratamos da necessidade de se viver em comunidade, não estamos ignorando a necessidade de afastarmos periodicamente para reflexão, meditação, autoanálise e principalmente dialogar com Deus. Josh Billings (1818-1885) o humorista norte americano expressa bem essa visão ao escrever: “solidão: um lugar bom de visitar uma vez ou outra, mas ruim para adotar como morada”. Sim. Estabelecer morada com a solidão vai contra a própria natureza. Fomos criados a imagem e semelhança de Deus. Um Deus essencialmente comunitário.
Muitos ainda não entenderam a importância da comunidade para o autoconhecimento, a morte do egoísmo, o antibiótico contra algumas doenças da alma, a sinergia para ações mais concretas e efetivas aos necessitados e especialmente a alavanca para o crescimento integral, se essa comunidade tem Deus como eixo norteador. Na comunidade a força do todo é bem maior que a força de cada um em separado. Como diz o provérbio: “a união faz a força”. Eu diria a união com as motivações corretas, para o bem do próximo e a honra de Deus faz proezas.
Ainda que concorde com o escritor Japonês Soseki Natsume (1867-1916) quando escreve: “A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo”, entendo que esta não é a única opção de vida. Deus bondosamente levanta homens e mulheres com os quais podemos trilhar juntos a jornada da existência. Deus nos dá uma família consangüínea a qual devemos preservar assim como se cuida de uma delicada planta ornamental, mas também nos dá uma família da fé a qual devemos dar igual valor.
Pense nisso. O quanto você se esforça para viver comunitariamente? O quanto você valoriza reuniões comunitárias que de fato promovam o bem? O quanto você se esforça para participar de uma igreja, onde mais do que assistir a reunião você é um participante ativo e assíduo, tornando-se alguém que soma esforços para a saúde emocional, espiritual e relacional do grupo?
Como iniciamos, terminamos. Se andamos em Deus teremos prazer em viver em comunidade. Ainda que não seja uma relação fácil é extremamente salutar e benéfica.
Capelão Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

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