Monday, April 18, 2011

Páscoa – a verdadeira liberdade

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32).
A páscoa foi celebrada, em primeira instância, ao comemorar a saída dos Israelitas do Egito, por volta de 1200 a.C, onde estavam escravizados a mais de 400 anos. Sendo este o evento mais importante do povo judeu, era comemorado anualmente em família, com uma semana de descanso, culto ao Senhor e refeições especiais. Na maioria das casas um cordeiro ou cabrito macho, de um ano, sem defeito, era morto para ser saboreado enquanto os pais contavam aos filhos a história da libertação que Deus proporcionou ao seu povo, ao livrá-los das mãos opressoras dos egípcios. Parte do sangue do animal deveria ser passada nos portais da casa relembrando que nos seus últimos momentos na terra da escravidão, tal ação aconteceu visando libertar os primogênitos da morte pelo anjo destruidor.
O povo seguiu celebrando a páscoa perpetuamente até o início da era cristã, quando esta festa foi redimensionada. Agora com a morte de Cristo, Deus revelou a seu povo o significado da páscoa. O cordeiro que estava sendo morto simbolizava o próprio Cristo descrito por João Batista como o “cordeiro de Deus”. O fato de o cordeiro ser novo, sem defeito, simbolizava que Jesus era o único ser humano sem pecado algum, ao qual Deus escolheu para ser aquele que ofereceria a si mesmo para perdoar homens e mulheres que nEle cressem. E ainda, o sangue passado nos portais simbolizava o sangue de Jesus Cristo, derramado em favor daqueles que nEle confiavam provocando assim a mais poderosa libertação que um ser humano pode experimentar.
Em Jesus a páscoa ganha seu verdadeiro sentido. Nele há a possibilidade de verdadeira liberdade. Ele diz que se conhecermos a verdade ela nos libertaria. Depois Ele mesmo diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6).
Assim, a páscoa, representando a ressurreição de Cristo, leva-nos a lembrar do Cordeiro perfeito: Jesus, não do coelho; De Jesus Cristo, o Filho de Deus, não do ovo; Da morte, representando a dor que Ele sofreu por nós, e a ressurreição, representando a alegria que ganhamos nEle, muito mais do que do comer um chocolate gostoso; Da libertação que ele nos proporciona, não da escravidão do consumismo; Da vida que Ele trouxe e que pode aniquilar a morte da depressão, da angústia, da solidão e da fuga; Nos lembra a comunhão que temos com Deus por meio dEle e não do isolamento adoecedor que tentamos viver; Que Jesus nos coloca numa família consangüínea e noutra maior chamada igreja, ao contrário, de nos acharmos fortes e suficientes para resolver nossas dores e angústias sozinhos; Que o que reina, devido a ressurreição de Cristo é a vida e vida em abundância e não a morte; Que assim como Ele nos perdoou, devemos perdoar nosso próximo; Que da mesma forma que Ele nos amou, devemos amar quem está do nosso lado; Que assim como Ele não viveu para si, é suicídio pensar somente em nós; Que assim como Ele se doou totalmente a Deus, não temos outra escolha se quisermos experimentar a verdadeira liberdade, devemos nos doar a Ele. Lembremos que nossa vida vai além de trabalho, família e consumo, somos chamados para viver e nos preparar para a eternidade nEle, com Ele e para Ele.
Viva a páscoa com alegria! Viva a verdadeira liberdade encontrada na Pessoa de Jesus de Nazaré.
Capelão Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

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