Tuesday, August 06, 2013

Globalização e tecnologia

Capelania Institucional da Associação Educativa Evangélica – Agosto/2013 – no 031

Globalização e tecnologia.

Globalização e Tecnologia, duas palavras que entrou no dicionário e deles saíram para tomar uma dimensão tão ampla e cotidiana que nem podemos imaginar a profundidade que atingirão. Tais palavras fazem parte do cotidiano de todos nós, mesmo se não a utilizamos, a significação das mesmas é imenso e irreversível.
Ao pensamos nestas palavras relacionando-as a educação e a confessionalidade somos lançados aos princípios que devem fundamentar a prática pedagógica. Nesse sentido três princípios devem direcionar nossa ação no mundo tecnológico e globalizado que vivemos.

1. É preciso ter uma sabedoria corajosa. Todo docente precisa ter sabedoria. A arte de discernir para escolher o melhor. A coragem é a virtude que nos empurra a ação. Vivemos no mundo da múltipla escolha. É possível ter dezenas de produtos que visam responder a uma ou outra área específica. A sabedoria nos ajuda a escolher o produto de melhor custo benefício e a coragem nos impulsiona a adquirir e utilizar a ferramenta escolhida. Sem sabedoria a coragem pode se tornar estupidez. Sem a coragem a sabedoria pode se tornar covardia. É preciso ter sabedoria para decidir e coragem para adquirir e utilizar as tecnologias educacionais enfrentando o medo de utilizar o novo.

2. É preciso viver um amor serviçal. Vivemos num mundo de pessoas com as mais diversas dificuldades. Problemas familiares, vícios, falta de recursos dos mais diferentes níveis dentre outros. O docente que só preocupa com o conhecimento técnico científico e com os rendimentos financeiros de sua profissão não conquistará seus alunos. Faz-se necessário amar a quem se ensina. Amar significa querer o bem do outro, trabalhar para o seu crescimento e desenvolvimento. Por isso, é preciso um amor serviçal. Este amor vai além das palavras e torna-se prático na maneira de preparar, transmitir e discutir o conhecimento e mais na maneira de abordar seus pupilos. Abrir mão do aspecto acadêmico em nome do amor é enganação, mas em nome da formação profissional não amar o que se faz e a quem se faz é desumanização. Somente um amor que desemboca em serviço poderá evitar tais extremos.

3. É preciso ter uma visão holística da vida. Essa visão leva-nos a olhar o todo em dois aspectos. Primeiro, no mundo globalizado é impossível pensar que se trabalhará somente com os alunos de seu bairro ou cidade. No mesmo ambiente, podemos ter alunos indígenas, que ainda não provaram da tecnologia e alunos que vieram dos países mais desenvolvidos do mundo. O professor precisará entender esse contexto, além das diferenças culturais dos mesmos. É preciso uma visão holística que envolve a sensibilidade cultural.

Um segundo aspecto da visão holística é ver o ser humano como um todo. Ainda temos a visão cartesiana de que tudo que importa é o conhecimento intelectual. Essa maneira de ver precisa ser redimensionada para entendermos o ser humano como um todo. Com suas complexidades, suas emoções, ideologias, com alma. Nesse sentido a tecnologia bem usada pode despertar outros aspectos do ser que não somente o raciocínio.
O professor sábio, que ama o que faz e tem uma visão holística da vida utilizará da tecnologia para cumprir sua missão por amor ao ser humano com o qual se relacionará. Nunca o contrário, ou seja, amar a tecnologia e coisificar o ser humano. A pergunta que fica é: como ter sabedoria, amor e visão? O sábio Salomão nos responde: “o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade” (Provérbios 2.6,7). Que o Eterno nos ajude a cooperar para o bem desta geração de estudantes.

Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

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